Kesha manda recado a Dr. Luke em novo single. Confira
Cantora lançou nesta quinta-feira 'Praying', seu primeiro single depois da batalha judicial contra ex-produtor musical
A poderosa voz de Kesha é, talvez, a única constante entre Praying e todo seu trabalho até então. Nesta quinta-feira, a cantora lançou seu primeiro single depois da longa batalha judicial para se livrar do contrato com o produtor Dr. Luke (Lukasz Gottwald), a quem acusou de assédio sexual e moral — um recado direto a ele e apelo ao perdão.
Em um desabafo inicial, Kesha questiona o significado da vida: “Se existe um Deus ou alguma outra coisa, por que eu fui abandonada por tudo e todos que conhecia? Será que já fui amada? Qual é a lição? Qual o ponto? Deus, me dê um sinal, ou serei obrigada a desistir. Eu não aguento mais. Por favor, me deixe morrer. Estar viva dói demais”. O desespero, no entanto, evolui para superação e empatia no decorrer da música: I had to learn to fight for myself/ …/ I hope your soul is changing/ I hope you find your peace (Eu aprendi a lutar por mim mesma/ …/ Espero que sua alma esteja mudando/ Espero que você encontre sua paz).
Junto ao single e clipe, a cantora publicou um relato no site Lenny Letter, no qual narra o processo de criação da música. “Eu encontrei um local de paz, que eu achava que seria impossível”, escreveu ela. “Esta música é sobre sentir empatia pelo outro, mesmo quando ele te machucou ou intimidou. É sobre sentir orgulho de quem você é mesmo nos momentos mais baixos, quando você se sente sozinho. É também esperar que todo mundo, até seu algoz, possam se recuperar.” Kesha ainda agradece o apoio de seus fãs, a quem chama de “animals” por nunca a terem abandonado.
Em 2016, a cantora lançou uma música em parceria com Zedd. Praying (Rezando, em português), foi por sua vez, é o primeiro single solo da cantora após a conclusão do processo contra Dr. Luke, em agosto do último ano. Confira.
Relembre o processo
A cantora pop processou Dr. Luke em outubro de 2014, alegando ter sofrido abusos de vários tipos ao longo de dez anos. Em um dos episódios narrados por ela, o produtor a teria drogado e estuprado. No processo, Kesha pedia a revogação de seu contrato com Luke e a gravadora Sony Music. No começo de abril, no entanto, a Suprema Corte de Nova York decidiu que Luke é inocente das acusações movidas pela artista, mas permitiu que ela não mais trabalhasse diretamente com ele, e sim com o selo Sony. Kesha retirou as acusações contra Luke em agosto de 2016, mas afirmou ao Times que ela ainda não se sente livre.