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Jesus Cristo: mistérios alimentam a fé no filho de Deus

Por Da Redação
18 dez 2009, 14h36

De uma forma ou de outra, a história de Jesus Cristo chegou a todos os cristãos que vivem no mundo hoje. Pode não haver relíquias suficientes nem evidências incontestáveis que comprovem quem foi e o que realmente fez o profeta de Nazaré. Mas são justamente os mistérios em torno do filho de Deus que alimentam a fé de milhões de pessoas em todo o mundo. Há, contudo, os que buscam preencher as lacunas deixadas na história do messias. O resultado são milhares de pesquisas que buscam responder às perguntas: quem foi e o que realmente fez Jesus Cristo?

A bibliografia sobre o messias é extensa. A começar pelo mais famoso livro do mundo – a Bíblia. Ainda assim, as evidências a respeito do que narra o Livro Sagrado são escassas. E as conclusões a respeito dos estudos, praticamente nulas. Os estudos buscam o Jesus histórico, não o teológico, a divindade. Não o Cristo dos altares, o Jesus de cada um, nascido do recôndito da intimidade onde brota – ou não – a fé. Esse, a ciência e história jamais alcançarão explicar.

O que até agora se sabe, é que o Jesus humano viveu na Palestina em determinado período histórico. É possível afirmar com quase absoluta precisão que foi batizado por João Batista no Rio Jordão, escolheu doze discípulos, pregou pela Galiléia e morreu crucificado. No entanto, a transformação de um humilde e obscuro profeta na peça central da fé que tem mais adeptos em todo o planeta vem da originalidade absoluta de sua proposição básica: a paz e o amor ao próximo.

“Operando curas, sentando-se à mesa com pessoas: assim Jesus desconcertou a Galiléia”, descreve uma reportagem de VEJA em 23 de dezembro de 1992. A essência da mensagem de Jesus para seus contemporâneos – e, portanto, para todos aqueles que ajudaram a construir e disseminar o cristianismo – está nos milagres operados e na comensalidade praticada.

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No primeiro quesito, Jesus quebrou o monopólio religioso da época de que só o divino operava milagres e realizava curas. Ele mostrou que também na Terra se curavam os doentes e se ressuscitavam os mortos. Mais ainda, caso se queira introduzir um elemento mercantil na equação, Jesus operava de graça, enquanto o templo cobrava por serviços, tanto assim que tinha trocadores de moeda à sua entrada, os mesmos que Jesus expulsou em sua mais famosa explosão de fúria.

Já a respeito da comensalidade, Jesus pregava a mais absoluta caridade e misericórdia e desafiava as normas de comportamento e de organização social. Ele se portava como igual, dividindo a mesa com homens e mulheres, pobres e ricos, gentios ou judeus, poderosos ou párias. Por isso atraiu a admiração dos que o cercavam e fúria dos que estavam no poder. E assim foi traído, preso e crucificado.

Se essa história instiga os estudiosos e fortalece a fé daqueles que creem, alimenta ainda mais a criatividade dos artistas. Hoje, o cinema e a literatura apresentam suas próprias versões da vida de Jesus. Entre os títulos mais famosos está O Evangelho Segundo Jesus Cristo. No longa de 1991, o escritor português José Saramago oferece ao leitor uma interpretação muito pessoal, iconoclasta e anticanônica da vida do redentor. Mais recentemente, em 2004, O Código Da Vinci, primeiro fenômeno de vendas de Dan Brown, mostra um Vaticano que deseja esconder a verdade sobre Maria Madalena: ela teria se unido a Jesus e gerado filhos dele.

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Nas telas do cinema, as polêmicas ficaram também por conta do musical Jesus Cristo Superstar, de 1973, protagonizado por um Jesus hippie, uma Maria Madalena havaiana e um Judas negro que se perguntam: por que o filho de Deus não escolheu a época atual para fazer sua pregação? Na sequência, em 1988, a Última Tentação de Cristo mostra Jesus crucificado se questionando como seria sua vida se, ao invés de assumir o peso da salvação dos homens, escolhesse viver uma vida comum, com esposa, filhos e um dia-a-dia normal.

Pode-se considerar equivocada qualquer tentativa de contar a história de Jesus pondo de lado a confissão de que ele é o filho de Deus – e o próprio Deus também. Seria desprezar o fator que confere a ele sua importância absoluta e insuperável. Fato é que nas suas narrativas da vida e dos feitos de Jesus, os quatro evangelistas lhe atribuíram vários ditos. A maioria aparece em meio a diálogos e carece de sentido se retirada do contexto bíblico.

Em outros momentos, Cristo fala por meio de parábolas e uma leitura ao pé da letra, evidentemente, pode levar a interpretações equivocadas. Muitas frases dos Evangelhos, no entanto, têm a força de aforismos que condensam os temas centrais da pregação de Jesus. Elas tratam, sobretudo, da necessidade de perdoar o próximo e de levar uma vida pautada pelo desapego material e pelo amor a Deus.

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