IMPERDÍVEL: ‘Cegonhas’ brinca com doçuras e agruras de criar bebê
Se as crianças se divertem com as peripécias do longa, os pais vão dar risada, não sem nostalgia, das situações que seus pequenos já os colocaram
Quem não se derrete diante dos olhos grandes de um bebê? É essa a premissa que segue Cegonhas, animação da Warner inspirada na clássica lenda escandinava, fixada e propalada pelo dinamarquês Hans Christian Andersen, sobre a origem dos bebês para contar a saga de Junior, uma cegonha em ascensão na Cegonha.com, empresa de entregas que migrou do delivery de nenéns para o de mercadorias diversas até que — sempre há um “até que”, não é mesmo? — um bebê é produzido por acidente e precisa ser entregue. O acidente é provocado pela destrambelhada Tulipa, única humana ali, que por um erro deixou de ser entregue quando nasceu e foi criada pelas aves. Para garantir a sua promoção, Junior recebe do pragmático e insensível patrão a missão de demitir Tulipa, que, desajeitada que é, sempre dá prejuízo para a companhia. Ocorre que é o dia do aniversário dela e Junior, coração mole, não tem coragem de dar a notícia para a garota, que faz 18 anos. Ela, tentando se mostrar prestativa, encaixa a carta de um menininho louco para ganhar um irmão na já desativada máquina de fabricar bebês. E os dois logo se veem com uma garotinha linda nas mãos, que passarão o filme todo tentando entregar para a família, que na verdade não a espera, enquanto enfrentam obstáculos diversos, vencidos pelo olhar doce da neném, além dos desafios e maravilhamentos de cuidar de um bebê.
Se as crianças se divertem com as peripécias do trio — Junior, Tulipa e bebê — e da família que espera sem saber a neném, os pais vão dar risada, não sem nostalgia, das situações que seus pequenos já os colocaram. Na dublagem brasileira, as vozes principais são feitas pelos atores Klebber Toledo (Junior) e Tess Amorim (Tulipa), de Hoje Eu Quero Voltar Sozinho, e pelo humorista Marco Luque, na pele do puxa-saco que aspira à promoção prometida a Junior.