Globo enfrenta processo de plágio por ‘É de Casa’

Apresentador Fabricio Fabre, do Espírito Santo, acusa emissora de copiar formato registrado por ele em 2012

Por Da Redação
19 ago 2015, 18h28

Patrícia Poeta, Zeca Camargo, Ana Furtado, Cissa Guimarães, Thiago Leifert e André Marques, o gigantesco time de apresentadores do programa 'É de Casa', da Globo (Renato Rocha Miranda/TV Globo)

A Globo está sendo acusada de copiar o formato do É de Casa, atração exibida aos sábados que estreou na emissora no último dia 9, de um programa criado em 2012 pelo apresentador Fabricio Fabre, de Vitória (ES) . Sandro Rizzato, advogado de Fabre, afirma que o programa de seu cliente, Casa + Família, também tinha uma casa como “personagem principal”, vários apresentadores e tratava de assuntos como gastronomia, moda e saúde. O processo, que pede a suspensão da exibição do É de Casa e uma indenização, foi aberto na quinta-feira passada, dia 13, na 10° Vara Cível do Rio de Janeiro. Procurada, a Globo afirma que não tem conhecimento de qualquer ação judicial envolvendo o programa.

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Segundo Rizzato, o programa de Fabre foi registrado em 2012 ainda com o nome de Casa Espetacular, mais tarde modificado para Casa + Família, quando ganhou uma versão no Shopping Vitória, no Espírito Santo, entre 27 de setembro e 6 de outubro. No local, foi montada uma estrutura de 400 metros quadrados que imitava uma casa com paredes de vidro, com quarto, cozinha, banheiro e sala de estar e que sediava aulas para o público que passava pelo shopping. Essas aulas eram gravadas e exibidas no YouTube e no site do programa. “Não temos como saber se houve má-fé da Globo”, diz Sandro Rizzato. “Mas, mesmo que tenha sido mera coincidência, o direito do Fabricio tem que ser reconhecido.”

O programa de Fabre, que apresentou por cerca de dez anos uma atração chamada Gourmet Vip na TV Record do Espírito Santo, foi mantido com a ajuda de patrocínios – mais de quarenta marcas apoiaram o projeto e eram citadas nas aulas. De acordo com Rizzato, Fabre estava negociando há aproximadamente oito meses com dois canais, um aberto e outro pago, a produção de seu programa Casa + Família. Com a estreia do É de Casa, as negociações foram suspensas até que o caso se resolva.