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Filme ‘LBJ’ traz versão simpática de presidente Lyndon B. Johnson

Woody Harrelson não se parece nada com o político, mas convence na pele do ocupante da Casa Branca após o assassinato de John F. Kennedy

Por Mariane Morisawa, de Toronto
Atualizado em 18 set 2016, 19h39 - Publicado em 18 set 2016, 19h39

Lyndon B. Johnson, que se tornou o 36º presidente dos Estados Unidos com o assassinato de John F. Kennedy, foi um dos astros do Festival de Toronto. Interpretado por Richard E. Grant, apareceu brevemente em Jackie, de Pablo Larraín, que mostra o atentado e os dias subsequentes à morte de Kennedy pelo ponto de vista da primeira-dama Jacqueline Kennedy (Natalie Portman). E, na pele de Woody Harrelson, é objeto de uma biografia novinha, só sua, em LBJ, de Rob Reiner.

Harrelson não tem nada de Johnson fisicamente, e a produção precisou recorrer a uma maquiagem pesada para torná-lo um pouco parecido com o presidente. A máscara incomoda um pouco, mas logo o ator conquista com sua boa performance. Nascido no Texas, Johnson (1908-1973) era desbocado e mestre das negociações. Não era tão liberal quanto John (vivido por Jeffrey Donovan no filme) e Bobby Kennedy (Michael Stahl-David) e tinha bom trânsito com os parlamentares mais conservadores, como Richard Russell Jr. (Richard Jenkins). Ficou marcado pela escalada na Guerra do Vietnã, que acabou fazendo com que desistisse do segundo mandato, e, para a América Latina, como o presidente americano que apoiou diversos golpes militares, inclusive no Brasil.

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Diretor de Conta Comigo (1986) e Harry e Sally: Feitos Um para o Outro (1989), Reiner faz um filme tradicional, mais interessado em mostrar o outro lado do personagem do que realmente desvendar suas decisões políticas, até porque algumas, como as que envolvem o Vietnã, aparecem apenas num letreiro no final. O filme foca no período entre 1959, quando disputou com John F. Kennedy para ser o candidato democrata às eleições presidenciais do ano seguinte, até seu discurso inaugural, após o assassinato do presidente, em 1963.

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Johnson aparece aqui como um sujeito meio tosco, que vai ao banheiro de porta aberta, para desespero de seus funcionários, o que rende algumas cenas engraçadas. Mas, no fundo, como bem nota sua mulher, Lady Bird (Jennifer Jason Leigh, ótima, apesar de seu nariz prostético distrair um pouco), é inseguro e quer ser amado como os Kennedy. Depois de perder as primárias para John F. Kennedy, é chamado por ele para ser seu vice-presidente e, assim, trazer os votos do sul. Ao mesmo tempo, é uma maneira de tirar um pouco de seu poder – Johnson era líder da maioria no Congresso. A eleição é vencida por pequena margem.

Com o assassinato de Kennedy, Lyndon B. Johnson toma posse ainda no avião que leva o corpo do presidente. Numa ação inesperada, luta pela lei dos direitos civis enviada por Kennedy ao Congresso em 1963 e consegue aprová-la no ano seguinte. O filme deixa em aberto as motivações que levaram Johnson a abraçar a causa, que descontentava os congressistas do sul. Pode ter sido pelo choque do assassinato ou por razões políticas, ou ambos. LBJ não esclarece o mistério, mas oferece uma visão mais simpática do seu personagem principal.

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