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Estupro foi o mais difícil, diz atriz de série sobre Surfistinha

Maria Bopp interpreta a ex-prostituta que ficou famosa com o livro ‘Doce Veneno do Escorpião’, em ‘#MeChamaDeBruna', novo programa do FOX1

Por Rafael Aloi 8 out 2016, 16h05

Em 2005, o livro O Doce Veneno do Escorpião se tornou um best-seller ao imprimir em suas páginas algumas das histórias contadas, à maneira de um reality show, por uma garota de programa em um blog. Essa garota era Bruna Surfistinha, que depois viu a sua história virar filme com Deborah Secco, em 2011. Cinco anos se passaram, mas o nome de guerra de Raquel Pacheco continua tão forte que levou o canal pago FOX1 a investir em #MeChamaDeBruna, série que estreia neste sábado, às 22 horas, recontando a história de Surfistinha.

Raquel Pacheco/Bruna Surfistinha desta vez será interpretada pela novata Maria Bopp. A atriz de 24 anos conversou com o site de VEJA e revelou quais foram as maiores dificuldades do trabalho. “A cena de estupro foi a mais difícil. Exigiu mais concentração e preparação psicológica.” A jovem ainda conta que não tem medo de expor o corpo no programa, e que acredita que a série é bem diferente do que as pessoas já viram da história por trazer um olhar mais humano. “Está mais interessada nas mulheres por trás das prostitutas.”

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#MeChamaDeBruna faz um recorte da vida da ex-prostituta, mostrando seu primeiro ano de trabalho no privê de Stella (Carla Ribas), e mostra como a vida da garota se transforma à medida que ela se torna Bruna e começa se destacar entre as outras garotas da casa e tem de lidar com a inveja das colegas de trabalho. A série não é um retrato direto do livro O Doce Veneno do Escorpião, e toma a liberdade de ficcionalizar partes da história de Raquel Pacheco.

O foco de #MeChamaDeBruna  é mostrar a transformação de uma adolescente insegura e inexperiente em adulta e definir sua personalidade. Colocando as mulheres em destaque, a série traz um olhar mais intimista e com um tom bem mais dramático do que a sensualidade que muitos esperariam ver retratada no programa. As cenas em que a protagonista aparece na cama são mais determinadas pela situação e por seu peso na história. O sexo é usado como instrumento narrativo, sem ser banalizado.

Confira a entrevista completa com Maria Bopp abaixo:

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Quando você recebeu o convite para fazer a Bruna Surfistinha, ficou com medo de expor o corpo? Sinceramente, nem pensei nisso quando fui fazer o teste. Pensava que era muito improvável eu passar, porque estava muito tempo sem atuar.

Como foi fazer a cena de estupro na série? É sempre muito difícil. O estupro é um tema que me move, que me emociona, porque é uma coisa muito recorrente. Sou feminista, faço parte de alguns grupos na internet e vou a encontros com mulheres. O estupro é uma realidade, acontece com mulheres de todos os tipos. É muito delicado. É uma cena muito difícil de fazer, porque eu queria respeitar as mulheres que já passaram por isso, não queria banalizar. A gente levou quase um dia inteiro para filmá-la. Eu fiquei muito emocionada.

Você acha que foi a cena mais difícil de filmar? Com certeza, essa cena de estupro foi a mais difícil. Exigiu muito mais concentração e preparação psicológica.

O que você acha que a série tem de diferente do filme? Acho que é o olhar. O fato de ser uma diretora, e o recorte ser de apenas um ano na vida da Bruna, dos 17 aos 18. A série é focada mais nesse começo dela, como uma menina, mesmo. A série está mais interessada nas mulheres que estão por trás das prostitutas, é por aí que se diferencia.

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Você ficou com algum medo de ficar estigmatizada pelo papel ou sofrer preconceito? Não tenho medo. Não tenho essa sensação. Não passou isso pela minha cabeça. Acho que pode acontecer, mas acredito que as pessoas entendem que é um trabalho.

Mudou a sua maneira de ver a prostituição? Acho que sou uma pessoa bem livre de preconceitos, ainda mais em assuntos que giram em torno do universo da mulher. Cada uma tem suas vivências. Pelo que eu conversei com a Raquel, ou com outras prostitutas,muitas vezes existe um histórico de violência na escolha da profissão. Então, não as culpabilizo, nem as coloco em lugar de vítimas, apenas. Eu acho que elas têm que ser ouvidas e, para isso acontecer, você não pode ter preconceito.

Considera a série feminista? Acho que não. Porque eu tenho muito respeito pelo feminismo. O feminismo é um movimento social e político e a série é um produto de entretenimento para a televisão. É importante separar as coisas. Ela tem uma preocupação maior com o universo da mulher, mas não a consideraria feminista.

A Raquel Pacheco acompanhou gravações, deu algumas dicas? A gente se encontrou antes do começo das gravações. Mas ela não participou do processo criativo. A gente se falou algumas vezes por mensagem, mas não sobre a série, apenas para conversar mesmo. No nosso primeiro encontro, lá atrás, a gente fez uma pequena improvisação de uma cena, e coisas que a Raquel falou acabaram entrando no roteiro.

Está fazendo alguma preparação para uma segunda temporada? Preparação, não. O canal tem essa vontade, mas, por enquanto, nada foi confirmado. Estou no aguardo ainda.

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