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Entrevista: Azealia Banks, a rapper que ama uma ‘boa’ briga

Às vésperas de se apresentar em SP, a cantora fala à VEJA sobre redes sociais, o temperamento forte e racismo: ‘Um brasileiro já me chamou de macaca’

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 15 jul 2016, 12h15 - Publicado em 7 jun 2016, 08h51

Aos 25 anos, a rapper nova-iorquina Azealia Banks coleciona a mesma medida de hits e controvérsias. De personalidade forte e sem filtro entre cérebro, coração e boca, a moça arregimentou diversos desafetos entre personalidades famosas, especialmente nas redes sociais, seu campo de expressão – ou de guerra. A mais recente aconteceu em maio, quando Azealia foi banida do Twitter por desferir comentários considerados xenófobos e homofóbicos contra o ex-One Direction Zayn Malik.

O rapaz, contudo, teve que pegar a senha para uma longa fila. Já foram alvos das farpas da rapper nomes como Beyoncé, Kendrick Lamar, Eminen, A$AP Rocky, Rita Ora, Pharrell, Lady Gaga, Iggy Azalea, entre outros, muitos outros. Sem esquecer a rixa com a polícia, causada por uma detenção no ano passado, quando ela agrediu a segurança de uma balada. Como resposta, em seu novo clipe, The Big Big Beat, da mixtape SLAY-Z, ela dança em frente à delegacia e até rebola em cima de uma viatura em um rápido momento.

Em entrevista ao site de VEJA, Azealia foi simpática – dentro do possível –, mas curta e grossa quando o assunto era sua personalidade forte e as brigas no mundo das celebridades. “Não ligo para o que as pessoas pensam sobre mim”, respondeu, sem acréscimos.

No caso de Malik, Azealia tentou pedir desculpas. “Fazer uso de estereótipos racistas e sexistas pra rir de uma pessoa é absolutamente inaceitável. Eu deixei minha raiva assumir o controle e insultei milhões de pessoas sem nenhuma razão”, explicou. A mea culpa, porém, não resultou no retorno da moça ao Twitter. Mas esta não é a primeira vez que ela fica fora da rede social.

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Após diversos bate-bocas virtuais, Azealia decidiu apagar sua conta no Twitter, no começo deste ano, antes de voltar – e depois ser banida. “Eu estou cansada das redes sociais”, conta. “Mas elas são parte da nossa vida. Não dá para escapar. Quando sai, tomei a decisão porque briguei e reclamei muito nos últimos cinco anos, de coisas que eu nem imaginaria que seriam motivos de briga se eu não estivesse ali neste mundo virtual. O Twitter era uma grande distração pra mim, mas também encheu minha cabeça de lixo”, conta.

Quem procura briga, acha. E Azealia afirma que lia e se irritava com as diversas ofensas endereçadas a ela através da rede. Entre as críticas, comentários racistas. “Um homem brasileiro branco vivia me chamando de horrorosa, macaca, entre outras coisas. Fiquei pasma. Depois de falar com fãs negros dai, cheguei à conclusão de que o racismo no Brasil é pior que nos Estados Unidos”, conta, antes de completar: “Não é uma competição de qual é pior que o outro, sei que é difícil comparar históricos e culturas, mas não dá pra fingir que não existe racismo no Brasil”.

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O episódio, contudo, não minou a paixão que a rapper diz sentir pelo país. “Eu adoro a cultura brasileira. Assisto a diversos filmes daí. Quero treinar meu português e curtir o show com minha plateia animada”, afirma sobre a apresentação que fará na Audio, em São Paulo, no dia 12 de junho, com ingressos que variam entre 150 (pista, meia-entrada) a 500 reais (pista VIP, inteira).

Farão parte do repertório canções de seu único e elogiado disco Broke With Expensive Taste (2014), além de novas faixas da mixtape divulgada de graça no Soundcloud este ano. Sensual e ácida, a cantora promete apresentar tais ingredientes somados ao seu rap eletrônico dançante. “Espero ter um momento do c*****”, diz, entre muitas de suas frases com palavras impublicáveis.

 

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