Emily Blunt defende que mulheres sejam melhores com elas mesmas
Na premiere de 'A Garota do Trem', a atriz que vive o papel principal critica a forma como a sociedade condena as escolhas femininas
A atriz Emily Blunt, que dará vida à protagonista de A Garota no Trem, pediu maior compaixão das pessoas com a escolha das mulheres de ter, ou não, uma família. “Eu acredito que todos nós precisamos ser mais empáticos uns com os outros, seja você homem ou mulher”, disse ela na estreia mundial do longa, adaptado da obra de Paula Hawkins, em Londres.
“Existe uma tendência entre as mulheres de julgarem um pouco umas às outras, principalmente quanto ao ambiente doméstico. Se você é capaz de ‘segurar um homem’ — uma frase que eu odeio — se deve amamentar, se quer ter filhos ou não, no caso de você poder ter filhos”, continua ela. “As mulheres às vezes se sentem na defensiva quanto às suas ações, e eu não acho isso certo. Ninguém sabe os altos e baixos das decisões dos outros e não podemos ser muito duros com elas.”
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No filme, Blunt interpreta Rachel, uma mulher recém-divorciada, desempregada e alcoólatra. Segundo ela, o papel chamou sua atenção por ser tão repugnante. “As mulheres sempre precisam ser o ideal de algum esteriótipo: bonitas, divertidas ou amáveis. Mas com a Rachel você apenas sente que não quer respirar o mesmo ar que ela. Ela é o tipo de pessoa tóxica, mental e fisicamente, que eu nunca tinha explorado antes”, conta ela.
A Garota no Trem segue a história de três mulheres, que se cruzam: Rachel, a personagem de Blunt; Anna, amante e agora esposa de Tom, ex-marido da protagonista; e Megan, a vizinha do casal cuja vida é observada (e idealizada) por Rachel todos os dias no trajeto de trem para o centro da cidade. O longa está previsto para estrear no Brasil em 13 de outubro.