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Elvis Presley, que faria 80 anos hoje, ainda é o rei do rock

Cantor, morto em 1977, mantém influência e título de lenda estilo musical

Por Da Redação
8 jan 2015, 11h20

Dizem que um rei jamais perde sua majestade, e Elvis Presley é a prova empírica disso. As costeletas já estão eternizadas. O jeito de dançar, mexendo os quadris de um lado para o outro, também. A figura mítica de Elvis continua intacta, mesmo 37 anos após sua morte. O cantor, que completaria nesta quinta-feira, 8 de janeiro, 80 anos, ainda é a maior lenda do rock. As enérgicas canções Hound Dog e Suspicious Minds seguem animando as pistas de dança e, sem hesitar, fazem até mesmo muitos marmanjos rebolarem de maneira desconcertante.

Bob Dylan costumava dizer que quando ouviu a voz do rei do rock pela primeira vez na vida, sabia que não ia mais receber ordens de ninguém. Nada de chefes. “Ouvir Elvis é como escapar da prisão. Eu agradeço a Deus todos os dias por Elvis Presley ter existido”, afirmou. John Lennon revelou, certa vez, que a história da música poderia ser dividida em dois tempos: antes e depois de Elvis Presley. “Não existia nada antes dele. Elvis era a nossa maior referência. Nada me influenciou tanto.” Jim Morrison não economizou nas palavras para reverenciar o músico. “Elvis será sempre o melhor e mais original. Ele abriu espaço para todos que viriam depois dele. Um gênio.”

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Nascido em 8 de janeiro de 1935 na cidade de East Tupelo, no Mississippi, Elvis Aaron é o único sobrevivente de dois filhos gêmeos do casal Vernon Elvis Presley e Gladys Love Smith Presley. Quando ele nasce, os Estados Unidos vivem uma série de conflitos raciais e o Mississippi é considerado o centro das divergências entre brancos e negros. Em 1936, um furacão devasta a cidade e pessoas de todas as raças se unem para reconstruir a região.

Desde os 10 anos, Elvis frequentava cultos de igrejas, o que influencia sua formação musical. Em meio a dificuldades financeiras, chega a trabalhar como lanterninha de cinema e motorista de caminhão. O sucesso musical começa com That’�s All Right, Mama, em 1954. A música encantou o dono da Sun Records assim que foi ouvida no estúdio e se tornou um hit em todas as rádios da cidade de Memphis. Pouco tempo depois, I Forgot To Remember To Forget alcança o topo das paradas e, em 1956, não tinha mais como negar: Elvis se tornou um fenômeno. Não demora para que ele comece a carreira no cinema, que conta com títulos marcantes como Ama-me Com Ternura (1956), Feitiço Havaiano (1961) e No Paraíso do Havaí (1966).

https://youtube.com/watch?v=OZszw5ye7Jg

Milionário e renomado, o cantor é convocado pelo Exército dos Estados Unidos no dia 24 de março de 1958. Na época, a convocação era obrigatória e só foi abolida depois da Guerra do Vietnã. Sua mãe, Gladys, morre um dia depois da volta do cantor para casa. Elvis começa sua trajetória de recruta em uma base no Texas e, depois, segue para a Alemanha, onde os Estados Unidos mantinham grande contingente ainda como consequência da Segunda Guerra Mundial e da ocupação do país pelos Aliados.

Em 1969, após oito anos longe dos palcos, Elvis ressurge de forma triunfal e mantém os ritmos frenéticos das apresentações pelos Estados Unidos. Durante esse período, chega ao ápice de sua carreira, com mais de mil shows realizados. Para o desespero das mulheres da época, ele se casa com Priscilla Presley e tem uma filha, Lisa. O casamento chega ao fim em 1972. Ele ainda se casa pela segunda vez com a então Miss Tennessee, Linda Thompson. O matrimônio também não dá certo e acaba em 1976.

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A trajetória do maior astro do rock chega ao fim com sua morte em 16 de agosto de 1977. Cada vez mais distante da forma esbelta que o consagrou, ele sucumbe às drogas. O nome de Elvis, no entanto, continua crescendo. Sua marca na história da música jamais será esquecida. O garoto humilde da cidade de East Tupelo nunca imaginaria que milhares de pessoas o imitariam ao redor do mundo. O que indica que os fãs mais alucinados do rei do rock tinham razão: Elvis Presley não morreu.

(Com Estadão Conteúdo)

The Rolling Stones

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Apenas dois anos após o surgimento dos Beatles, outro grupo britânico despontou para o mundo do rock para ser o seu grande rival: os Rolling Stones. Traçar uma comparação entre as duas bandas é até os dias de hoje algo tão controverso quanto discutir política ou religião, no entanto, as duas tem pesos distintos e importantes para o estilo. Enquanto Beatles ficou marcado pela histeria das fãs e o estilo de bons moços, os Stones são os pais do rock rebelde, devido à atitude e ao figurino despojado composto por jaquetas e calças jeans. Foram eles também um dos pioneiros a adotarem o famoso lema do “sexo, drogas e rock n’ roll”.

Elvis Presley

Dizer que Elvis Presley foi a fagulha inicial para o rock não é nenhuma heresia. O galã de voz grossa é até mesmo considerado o Rei do estilo. Com a carreira iniciada em 1954, o músico colocou um rebolado controverso para a época e um vocal marcante naquela nova mistura de blues e country recém batizada de rock n’ roll. Elvis Presley, ao lado de Carl Perkins, Jerry Lee Lewis, Johnny Cash e Buddy Holly, é precursor de um dos primeiros – se não o primeiro – sub-gênero do rock, o rockabilly. Ele, no entanto, se destaca dos demais de sua época pelo estilo vocal, visual, performático, além de ser o artista solo com o maior número de discos vendidos com mais de 1 bilhão de cópias no mundo todo.

 

https://youtube.com/watch?v=3MHkgwA8t-g

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The Beatles

Formado em 1960, os Beatles podem não ser considerados os criadores do rock, mas é inegável a importância do quarteto de Liverpool para as futuras gerações. Ao longo dos dez anos de carreira, o grupo formado por John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr bebeu das mais diversas fontes e variou entre gêneros até então inovadores dentro do rock, desde o ritmo mais pop e romântico do início da carreira, passando pela rebeldia e a psicodelia da metade para o final da carreira. Tal versatilidade sonora fez com que os Beatles abrissem um leque de bandas influenciadas que vão desde Ramones a Oasis, passando por Nirvana e Metallica. A idolatria recebida pelo quarteto também foi algo marcante na época e deu origem o termo Beatlemania, criado para descrever o intenso frenesi causado pelos fãs, em sua maioria, garotas adolescentes. Algo semelhante – ou até pior –  com o que acontece hoje em dia com artistas como Justin Bieber e boybands como o One Direction.

 

Pink Floyd

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O laboratório musical criado pelo Pink Floyd desde o seu surgimento em 1965 deu origem ao que seria chamado de rock progressivo. O som psicodélico e experimental, marcado por longos solos de guitarra com ecos e sintetizadores, incluído em álbuns conceituais como The Wall e Dark Side of the Moon influenciou uma leva incontável de bandas, como Rush, Queen, Radiohead, Nine Inch Nails, entre outras. O conjunto liderada por Roger Waters também é conhecido por ser um dos pioneiros a realizarem shows com cara de espetáculos grandiosos, com um jogo de luzes, imagens e sons capaz até de deixar os músicos em segundo plano.

 

https://youtube.com/watch?v=9Q7Vr3yQYWQ

Led Zeppelin

Donos de um dos maiores hinos do rock, Stairway to Heaven, o Led Zeppelin é considerado o embrião da febre que passaria a ser conhecida como heavy metal. O grupo britânico formado em 1968 pode ter enveredado entre diferentes estilos ao longo da carreira, como blues, folk, hard rock, reggae, rock progressivo e funk, mas foram os vocais agudos de Robert Plant e os solos de guitarra melódicos e riffs marcantes de Jimmy Page que abriram as portas para o surgimento de bandas como Metallica, Black Sabbath, Dream Teather, Megadeth, entre as outras centenas divididas em inúmeros sub-gêneros do metal.

Janis Joplin

Fenômeno na segunda metade da década de 1960, a carreira de Janis Joplin foi curta, mas durou tempo o suficiente para deixar um legado indiscutível para o rock. Acompanhada por um ritmo que misturava blues com influências do rock progressivo e psicodélico, a cantora teve como característica mais marcante sua voz rouca, com agudos difíceis de serem igualados. Seu destaque em uma época em que o rock era praticamente dominado por homens também faz de Janis um dos ícones mais importantes para a explosão de bandas de rock formadas por mulheres que surgiriam nos anos seguintes, como The Runways, grupo que revelou Joan Jett, Blondie, Patti Smith, além de nomes do soul e do blues como Amy Winehouse e Joss Stone.

The Clash

O movimento punk, no que se refere à atitude, sonoridade e ideais, foi sendo modelado entre o final da década de 1970 e início de 1980 por grupos como Ramones, Sex Pistols, Dead Kennedys, Black Flag, entre outros. No entanto, o The Clash é até hoje considerado o grande precursor do estilo que encaixa hinos da rebeldia em poucos acordes distorcidos de guitarra. A simplicidade dos arranjos, as letras revolucionárias e politizadas com tons de protesto e o jeito largado de se vestir, com jaquetas de couro e roupas rasgadas, foram as principais características trazidas ao mundo pelo grupo formado originalmente formado por Joe Strummer, Mick Jones, Paul Simonon e Nicky Headon em 1976.

Nirvana

Pode se dizer que Kurt Cobain se inspirou em todos os grupos citados anteriormente, acrescentou uma poesia depressiva e linhas de guitarra sujas para se destacar com sua banda, o Nirvana, como um dos criadores do movimento grunge entre o final da década de 1980 e início de 1990 ao lado de Alice In Chains, Pearl Jam e Soundgarden. Com a voz rouca de seu líder e vocalista e letras que falavam sobre morte, rebeldia adolescente e até estupro, o trio, que tinha na formação o baixista Krist Novoselic e o então baterista Dave Grohl, surgiu como uma esperança para o rock em uma época em que as rádios eram dominadas pelo pop e a disco music dos anos 80. Além disso, Cobain, mesmo que acidentalmente, acabou se tornando um ícone fashion ao fazer das roupas compradas em brechós, como camisetas de flanela, jeans rasgados e tênis All Star, uma tendência entre os jovens da época e no mundo da moda até os dias de hoje.

 

Green Day

Considerar o Green Day como uma das maiores bandas da história do rock é controverso, principalmente para os mais saudosistas, no entanto, sua influência entre meados da década de 1990 e 2000 é indiscutível. Formado em 1987 nos Estados Unidos, o trio composto por Billie Joe Armstrong, Mike Dirnt e Tré Cool manteve a simplicidade e a rebeldia do movimento punk, mas acrescentou melodia e temas que fugiam de assuntos como política e causas sociais – pelo menos antes do revoltado American Idiot, de 2004. Essa fusão deu origem ao chamado pop punk, que trouxe para o mundo inúmeras bandas que seguiam a mesma linha, a maioria delas oriundas da Califórnia, como Blink 182, The Offspring, Fall Out Boy, Millencolin, Sum 41, entre outras.

The Strokes

Os Strokes podem não ter sido os inventores do indie rock, que recebeu essa denominação na década de 1980 em referência às bandas independentes e dissociadas de grandes gravadoras, como The Smiths, New Order, The Stone Roses, The Jesus and Mary Chain, entre outras. O grupo liderado por Julian Casablancas, no entanto, foi um dos mais importantes no início dessa nova era do rock também denominado de indie, que despontou para o mundo nomes como Arctic Monkeys, The Black Keys, Kasabian, Franz Ferdinand, Kings of Leon, Kaiser Chiefs, entre outros que, em tempos de YouTube, parecem surgir a cada semana. A sonoridade traz influências claras do rock alternativo e do grunge e se caracteriza pela presença de riffs de guitarra acelerados, batidas dançantes com um pé na música eletrônica e vocais largados e agudos em sua grande maioria.

 

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