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Disney ‘sensualiza’ sua heroína mais progressista, Merida

Merida entrou para a galeria das princesas com decote maior e maquiagem mais chamativa, irritando a própria roteirista e codiretora de 'Valente'

Por Da Redação
14 Maio 2013, 19h50

Na última semana, a heroína Merida, de Valente (2012), entrou para o seleto grupo das Disney Princesses, as princesas de algumas das animações mais famosas de Walt Disney, como Cinderela, Branca de Neve e Ariel. A coroação, no entanto, só foi possível após a heroína, que não queria casar e não fazia nem de longe o perfil mulherzinha, receber traços mais suaves e sensuais. Merida, que era uma aposta progressista contra o padrão feminino de beleza, tem agora um vestido mais decotado, corpo mais esbelto e uma maquiagem chamativa.

A Disney alega que a personagem entrou na puberdade, amadureceu. Mas os fãs de Valente — ou da atitude que o estúdio demonstrou com o filme — estão chiando. Uma petição online, endereçada ao CEO da Disney, Bob Iger, já conta com mais de 190.000 assinaturas de pais que querem que seus filhos admirem a princesa durona, de cabelo selvagem, com seu inseparável seu arco e flecha. Resumindo, eles querem Merida, mas na versão original.

Entre os críticos, está a roteirista e codiretora da animação, Brenda Chapman, que acusou a companhia de Walt Disney de “marketing descaradamente machista e baseado no dinheiro”, em entrevista ao site da revista americana The Atlantic. Brenda lembrou que a personagem foi pensada com o intuito de quebrar o estereótipo feminino, ideal de que a Disney agora abre mão. “Merida foi criada para dar às menininhas um exemplo de vida mais forte, algo com substância, e não apenas um rostinho bonito esperando por romance.” Vale lembrar que Brenda, criadora da ideia original de Valente, deixou a direção do filme um ano antes do lançamento, alegando diferenças criativas com a Disney, e foi substituída por um diretor do sexo masculino, Mark Andrews.

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Merida representa o oposto das princesas da Disney por se tratar de uma jovem inteligente, forte, independente, que se esforça para reconhecer o seu “destino” como uma princesa e, principalmente, não está interessada em se casar com um príncipe. Mesmo sua sexualidade é ambígua. Todos estes detalhes, mesmo que sutis, tornam a personagem mais acessível e familiar para as meninas. A mensagem implícita no novo design da heroína – a de que, para se tornar princesa, a menina deve se encaixar nos padrões sociais impostos às mulheres – também é contestado por fãs que discordam da atitude da Disney.

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