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Conheça as tendências para o verão lançadas em Paris

A palavra de ordem, cada vez mais, é conforto -- que, é claro, se traduz em artigos fáceis de vestir e, ora vejam só, fáceis de vender em tempos de crise

Por Da Redação
5 out 2014, 08h29

Principal evento de moda do mundo, a Semana de Moda de Paris, encerrada na última quarta-feira, lançou as bases do verão 2015. A presença marcante da cor amarela, do jeans e da transparência e o retorno do salto tipo plataforma são alguns dos destaques, ao lado de cortes a laser, chiffon, tule e rendas. A palavra de ordem, cada vez mais, é conforto — que, é claro, se traduz em artigos fáceis de vestir e, ora vejam só, fáceis de vender em tempos de crise. A ideia é que, mais e mais, as peças possam saltar das passarelas para as ruas.

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Normcore: a anti-moda

Hoje a comodidade, valor antes ignorado na moda feminina, segue de vento em popa. Calças largas na passarela da Loewe, Valentino, e Dries Van Noten. O tweed grosso na Chanel, a ponto de fazer quase desaparecer a figura feminina e os macacões jeans da Chloé são alguns exemplos. Celine levou o lado prático ao paradoxismo com modelos que parecem uniformes de hospital. Em outros estilistas, o conforto chega na forma de estilo esportivo, com calças de ciclista ou sapatilhas tipo tênis. A mulher deixa os saltos sofisticados no armário e mergulha nos calçados de solo liso, como as papetes.

“A moda está cada vez mais diversificada”, diz a estilista argentina Pía Carregal. “Há variantes dentro de uma mesma tendência, inclusive em uma mesma coleção há coisas que não têm nada a ver umas com as outras. Hoje cada um pode adotar o estilo e o corte que gosta e estar na moda, mas não uniformizados.”

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​O sombrio normcore — “Normcore” é o estilo deliberadamente normal e insípido na hora de se vestir, e está na boca de muitos analistas de tendências, que adoram citar marcas como a Gap. Mas, para o mundo da moda, continua sendo o anticristo. O estilista Giambattista Valli, responsável pelo vestido usado pela advogada Amal Alamuddin após o casamento com George Clooney, rejeita o próprio conceito de normalidade. “A normalidade não pertence ao meu mundo. A normalidade sempre me aborreceu. É que… eu gosto de tudo o que é extraordinário”, afirmou o italiano, após seu desfile em Paris.

O britânico Bill Gayten, ex-braço direito de John Galliano na maison Dior, pediu para um jornalista repetir três vezes a palavra “normcore” e afirmou que não conhecia sequer o seu significado. E respondeu: “Sempre haverá moda, é inevitável: a moda é um resultado das mudanças no mundo”. “Se o mundo não mudasse, então sim, não existiria moda, nem existiria história”, acrescentou Gayten, atualmente à frente da direção criativa da marca John Galliano.

Segundo Octavio Pizarro, estilista chileno radicado há anos em Paris, “a sofisticação da moda hoje vai por outro lado: está mais nas texturas e nos tecidos do que no próprio tecido. Tudo é muito mais simples. Vivemos com economias em crise e as pessoas já não querem gastar tanto”. “As pessoas querem coisas mais sensíveis e se vestir de maneira mais prática, e isso é também um reflexo do mundo atual. Pode ser que passe, mas no momento é assim. A Alta-costura ficou um pouco de lado”, diz Pizarro, cujas coleções se mantêm elegantes.

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(Com agência France-Presse)

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