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Bob Dylan declina convite para cerimônia do Nobel: ‘Agenda cheia’

Academia Sueca afirma que o músico gostaria de receber o prêmio em mãos e que se sente honrado pelo reconhecimento

Por Da redação
Atualizado em 16 nov 2016, 15h39 - Publicado em 16 nov 2016, 15h34

O cantor e poeta americano Bob Dylan não irá à cerimônia de entrega do Prêmio Nobel de Literatura, em Estocolmo, em 10 de dezembro. O próprio anunciou a decisão à Academia Sueca, em carta em que afirma ter a agenda já preenchida. “Ele gostaria de poder receber o prêmio em pessoa, mas outros compromissos tornam isso impossível, infelizmente. Ele ressaltou que se sente extremamente honrado por este prêmio Nobel”, escreveu a academia em comunicado.

A Academia não esclareceu, porém, se Dylan pretende dar a palestra exigida pelos laureados com o Nobel para receber o prêmio de 750.000 libras (algo como 900.000 dólares). No final de outubro, duas semanas depois de ter sido anunciado como o vencedor deste ano, o cantor se pronunciou pela primeira vez sobre o assunto. Em entrevista ao jornal britânico The Telegraph, o músico afirmou que tinha planos de comparecer à cerimônia de entrega do prêmio. “Com certeza”, disse. “Se for possível.”

Até a entrevista ser publicada, a única referência ao prêmio por parte do músico tinha sido uma menção em seu site, que foi excluída horas depois de ter sido publicada. Dylan ainda teria se recusado a atender o telefonema de representantes do Nobel. Um integrante da Academia Sueca, irritado com o comportamento do americano, chegou a chamá-lo de “arrogante”.

Ao falar com o Telegraph, porém, o americano pareceu ter ficado feliz com o reconhecimento. “É difícil acreditar”, disse. “Surpreendente, incrível. Quem sonha com algo assim acontecendo?” Questionado sobre o motivo que o levou ao mais completo silêncio após saber que havia ganhado, ele apenas brincou: “Bem, eu estou bem aqui”.

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“Letras homéricas”

O jornal também perguntou se Dylan concordava com a comissão responsável pelo Nobel, que afirmou que suas canções estavam lado a lado com grandes obras literárias. “Se você olhar para o passado, para 2.500 anos atrás, vai descobrir Homero e Safo, que escreveram textos poéticos que deveriam ser ouvidos, deveriam ser apresentados, geralmente com instrumentos. É a mesma coisa com Bob Dylan”, disse Sara Danius, secretária da Academia Sueca.

Dylan foi cauteloso na resposta. “Acredito que sim, de certa forma. Algumas das minhas músicas – Blind Willie, The Ballad of Hollis Brown, Joey, A Hard Rain, Hurricane e outras – definitivamente têm valor homérico.” O músico, no entanto, passa longe de explicar suas composições, afirmando que não é “qualificado” para isso.

(Com agência France-Presse)

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