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Banzeiro: melhor restaurante de Manaus

No endereço número 1 da capital, Felipe Schaedler propõe uma experiência com os sabores da Amazônia

Por Mirela Mazzola, Beatriz Ferro Gomes, Elisangela Fernandes, Eriana Monteiro, Liege Albuquerque, Mariana Filizola, Paola Micheletti, Renata Gomes, Rosana Souza e Vinicius Tamamoto
Atualizado em 10 dez 2020, 17h20 - Publicado em 12 nov 2017, 04h56

Conduzido com talento por Felipe Schaedler, este restaurante ajudou a projetar a cozinha amazônica no cenário gastronômico nacional. Manauaras, turistas e entusiastas da boa mesa encontram no endereço uma porta de entrada empolgante para os sabores da floresta. Embora no último ano boa parte da atenção do chef tenha se voltado para o novo Moquém do Banzeiro, o “filho mais velho” seguiu sua trajetória de sucesso com solidez, o que lhe garantiu o título de melhor restaurante da cidade nesta edição. Quando Schaedler não está por lá, a cozinha é comandada por Evanilde Gomes. Respaldada por uma equipe longeva e bem treinada, ela libera receitas clássicas e inventivas em que predominam os ingredientes amazônicos. É difícil não ficar curioso para provar a formiga saúva sobre espuma de mandioquinha na colher (R$ 16,00), sugerida como entrada. Paladares em busca de conforto também encontram opções, caso da moqueca do banzeiro, de pirarucu defumado com leite de coco, banana e castanha. O prato, para duas pessoas, custa R$ 149,00 e chega guarnecido de arroz branco e pirão. Na lista das sobremesas, o pé de moleque amazônico é uma versão do doce com banana, castanha e calda de cumaru (R$ 17,00). Dica: não deixe de espiar a carta de bebidas, com coquetéis exclusivos criados pelo renomado bartender Jean Ponce, que comanda o balcão do bar Guarita, em São Paulo. O rio negro, mistura de gim, calda cítrica de hibisco, abacaxi e azedinha, sai a R$ 29,00. Rua Libertador, 102, Nossa Senhora das Graças, ☎ 3234-1621 (126 lugares). 11h30/15h30 e 18h30/23h30 (sex. e sáb. almoço até 16h; dom. almoço até 16h e jantar 19h/22h). Aberto em 2009. $$$

2º lugar: Barollo
O ar formal do salão, com revestimento de madeira, lustres de cristal e bonito jardim vertical, nem de longe entrega a animação dos jantares da casa, inaugurada no fim de 2015. Em alguns fins de semana do mês, a luz diminui e entra em cena o som ambiente com música eletrônica; às quintas tem jazz ao vivo. Eventualmente, são promovidas festas com DJ. Esse clima de badalação talvez se deva, em parte, ao time à frente do restaurante — gerente, sommelier e bartender têm menos de 30 anos. A proposta jovem, no entanto, não atrapalha o desempenho da cozinha capitaneada por Henrique Alves. Ao contrário: com experiências em São Paulo e na Inglaterra, o chef entrega receitas bem elaboradas, que conquistaram o paladar do júri da presente edição. Entre suas criações estão o pirarucu crocante com molho de castanha e palmito pupunha grelhado (R$ 58,00) e o carré de javali com risoto de alecrim e redução de laranja (R$ 54,00). A caprichada seleção de bebidas, abastecida por dois bares e adega para 2 000 garrafas, contempla drinques como o barollo, de rum, licor de cupuaçu, limão-siciliano, xarope de cumaru e clara em neve (R$ 26,00). Na carta de vinhos, com 140 rótulos, figura o sauvignon blanc chileno Mancura Etnia 2016 (R$ 89,00). Enquanto escolhe o prato principal, a clientela petisca dadinhos de tapioca com geleia de pimenta (R$ 22,00) e vieiras com tomate-cereja confitado e espuma de limão (R$ 52,00, cinco unidades). Sobremesa mais pedida, a cheesecake de tangerina (R$ 24,00) pode finalizar a refeição. Rua Rio Ituxi, 290, Vieiralves, ☎ 3083-8149 (140 lugares). 11h30/15h e 19h/23h (sex. e sáb. sem intervalo até 1h, dom. 12h/15h e 19h/23h, fecha seg.). Aberto em 2015. $$$

3º lugar: Moquém do Banzeiro
Desde a decoração, pontuada por fotos, um mapa da Amazônia e uma parede coberta por cerâmicas que lembram escamas de peixe, tudo por aqui remete à cozinha amazônica, à qual o chef Felipe Schaedler se dedica há quase uma década à frente do Banzeiro. O nome do lugar, contudo, dá uma pista de como os sabores da região são tratados em seu novo restaurante. Moquém quer dizer assado na brasa e faz referência a uma espécie de grelha indígena montada com pedaços de pau. Pois bem: quase todas as receitas do cardápio são preparadas na brasa. É o caso da banda de tambaqui, levada à mesa com baião de dois, farofa de Uarini coberta por ovo estrelado, vinagrete de picles e um delicado tartare de banana-pacovã (R$ 129,00, para duas pessoas). Ainda na grelha, o filé do mesmo peixe pode ser preparado em folha de bananeira e servido com molho de tucupi, farofa de beiju e um surpreendente folhado de macaxeira (R$ 61,00). A vertente mais criativa de Schaedler também aparece em entradas como as barquinhas de beiju com pasta de pirarucu defumado e picles mais banana-pacovã marinada com mel de jandaíra e castanha-puxuri (R$ 23,00). O sabor da brasa persiste em algumas sobremesas, caso da manga assada, que é apresentada com espuma da própria fruta, castanha-puxuri e sorvete de cumaru (R$ 15,00). O doce
surpreende o paladar, mas tradicionalistas e chocólatras costumam preferir o untuoso suflê de cupuaçu com muita calda de brigadeiro (R$ 20,00). Avenida Jornalista Umberto Calderaro Filho, 455, Galeria Cristal, Adrianópolis, ☎ 3342-2042 (101 lugares). 11h30/23h (sex. e sáb. até 23h30, dom. até 22h). Aberto em 2016. $$$

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