Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

’12 Horas para Sobreviver’ faz campanha sangrenta por Hillary

Terceiro filme da série ‘Uma Noite de Crime’ aproveita momento político para falar sobre extremos

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 out 2016, 11h21 - Publicado em 7 out 2016, 11h15

Se a campanha eleitoral de Hillary Clinton fosse assinada pelo cineasta James DeMonaco, o resultado seria bem próximo do filme 12 Horas para Sobreviver: O Ano da Eleição. As associações entre o roteiro da distopia e a realidade são elevadas aos extremos — mas não deixam de ser críveis. Na trama, a loira senadora Charlie Roan (Elizabeth Mitchell, de Lost) concorre à presidência dos Estados Unidos. Sua principal promessa de campanha é o fim da noite do expurgo. Enquanto seu concorrente, o religioso Edwidge Owens (Kyle Secor), reforça o partido ultraconservador que planeja manter o caminho de radicalismo que o país segue.

Pausa para falar sobre a tal noite de expurgo. Em um futuro não muito distante, os Estados Unidos aprovaram em sua legislação uma pausa de 12 horas na Justiça: uma janela de liberdade para a prática de crimes. Até homicídios são liberados. A polícia e os hospitais interrompem suas atividades durante o período. O discurso oficial diz que o ser humano é naturalmente violento, e que condensar em apenas uma noite todos os atos ilícitos faz com que, no geral, a criminalidade diminua. Simbolismos como o da grandeza da América e sua purificação também estão associados à lei. Nos bastidores, comenta-se que os assassinatos atingem principalmente pobres e negros, servindo assim como uma limpeza social e étnica do país, que fica cada vez mais branco e rico.

LEIA TAMBÉM:
Ethan Hawke: ‘Sexo assusta mais que violência nos EUA’

O longa, que chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, é o terceiro da série assinada por DeMonaco, que antes fez Uma Noite de Crime (2013) e Uma Noite de Crime: Anarquia (2014). Assim como seus antecessores, o novo capítulo é violento e intenso — e não deve ser lido com leviandade.

Continua após a publicidade

Não é coincidência que o filme tenha sido lançado no mesmo ano em que Donald Trump caminha para ser tornar um dos políticos americanos mais controvertidos da história. O candidato à presidência americana, que conseguiu dividir até o Partido Republicano, se encaixa, assustadoramente, no perfil exibido pelo filme de terror e baixo orçamento. Porte de armas, xenofobia e racismo são temáticas da produção.

Em determinado momento, quando foge do atentado que tenta tirá-la da corrida presidencial, Charlie, a candidata loira — e exageradamente boa —, observa as atrocidades cometidas nas ruas durante o expurgo e se questiona: “como viemos parar aqui?”. Questão fácil de ser respondida sob a ótica de quem acompanha a política mundial de 2016.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.