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Tapas e beijos: Kalil e Leite partem para a baixaria em debate

Antes bons amigos, candidatos em Belo Horizonte trocam insultos e acusações em encontro acalorado

Por Luisa Bustamante
Atualizado em 22 out 2016, 01h03 - Publicado em 22 out 2016, 00h44

Celebridades do futebol, os dois candidatos a prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PHS) e João Leite (PSDB) deixaram de lado o espírito esportivo e partiram para a guerra no debate televisivo transmitido por VEJA, RedeTV, UOL e Facebook na noite desta sexta-feira. Os dois, que no primeiro turno mantiveram a postura de bons amigos, subiram o tom, trocaram insultos e relembraram, com acusações de traição, da época em que trocavam beijos nos rostos.

A briga começou quando Kalil perguntou se o adversário faria da secretaria municipal de Saúde seria um cabide de emprego do PSDB. “Você se esconde, Kalil. Você participou do governo do Marcio Lacerda (atual prefeito) e ganhou 50 milhões de reais para suas empresas. Você ganhou 50 milhões de reais e não paga IPTU, talvez por isso que a saúde esteja tão ruim”, disparou Leite. Kalil, então, acusou o adversário de usar a pasta como cabide de emprego: “A saúde está ruim porque você colocou sua família. Sua filha foi lotada por dois anos na secretaria, depois entrou seu sobrinho. O problema da secretaria é quando vira empreguismo familiar”, respondeu.

O clima esquentou quando Kalil, ex-dirigente do Atlético Mineiro, afirmou que João Leite, ex-goleiro do Galo, teve seu nome citado em lista do esquema de Furnas e que teria recebido 150 mil reais. O tucano se irritou, gritou com o adversário e pediu direito de resposta, interrompendo-o enquanto falava: “O senhor vai ter que provar. Vai à Justiça provar. O senhor está condenado! Eu quero direito de resposta!”, esbravejou Leite. O cartola provocou: “Ele veio muito nervoso, gente”, ironizou o cartola enquanto era interrompido pelos gritos do adversário. Nesse momento, as apresentadoras tiveram que interferir no debate, pedindo calma.

Beijos

Durante o confronto, João Leite afirmou que as empresas de Alexandre Kalil não recolheram FGTS e lesaram trabalhadores da cidade. Kalil respondeu que o adversário ia ao seu escritório para pedir dinheiro para campanhas anteriores. Em seguida, afirmou que já foi beijado no rosto por Leite, em alusão ao beijo de Judas no rosto de Jesus Cristo.

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“Realmente, eu beijei você, Kalil, mas pensava que você fosse outra pessoa. Não dá mais para beijar você”, disse o tucano. Kalil retrucou: “Beijo, se não for de filho, ou é de traidor ou é de gangster. Eu não quero mais o seu beijo não”.

O tucano voltou a atacar Kalil por não pagar IPTU e não recolher a contribuição previdenciária de funcionários de suas empresas. Leite também insistiu em chamar o adversário de empreiteiro e relembrar que ele recebeu dinheiro público em contratos com a prefeitura. “Você fala que é pobre, mas você não sabe o que é a vida de um pobre, Kalil. Você tem Mercedes, Land Rover”, disparou.

Com ironia, Kalil, que está acostumado com o ambiente de hostilidade das torcidas organizadas, provocou ainda mais seu adversário. “A máscara caiu, o anjo perdeu a boca de aluguel. O desespero bateu porque eles vão ficar desempregados. Olha gente, a pesquisa estragou o debate, avacalhou tudo. Eu lamento”, respondeu o cartola, referindo-se à última pesquisa Ibope, em que ele aparece à frente do rival pela primeira vez nas eleições.

A tensão só se dissipou nos dois últimos blocos, quando os candidatos responderam a perguntas de moradores e de internautas. Os dois falaram sobrem temas como mobilidade, saúde, segurança e desemprego.

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