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Russomanno compara viciados em crack a zumbis

Arquidiocese de São Paulo promoveu nesta terça-feira debate entre os candidatos à prefeitura de São Paulo

Por Eduardo Gonçalves Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 22 out 2020, 18h28 - Publicado em 20 set 2016, 17h38

O candidato à prefeitura de São Paulo Celso Russomanno (PRB) classificou nesta terça-feira os dependentes químicos que frequentam a Cracolândia, na região da Luz, centro da capital, como uma “sociedade de zumbis”. Ele participava com o prefeito Fernando Haddad (PT) de um debate na arquidiocese de São Paulo. João Doria (PSDB) e Luiza Erundina (PSOL) também foram convidados, mas não compareceram. O tucano alegou estar ocupado com compromissos de campanha e a deputada, com a votação de medidas importantes na Câmara. Marta Suplicy só participou do início do evento na parte reservada à apresentação dos candidatos. Depois, foi embora.

Numa das perguntas – todas feitas por padres -, os dois foram questionados sobre o que fariam com as pessoas em situação de rua. Haddad iniciou a resposta, lembrando um dos programas vitrines da sua gestão, o Braços Abertos. Disse que ele era reconhecido por ONGs internacionais e que até abriu o seu gabinete para receber os moradores de rua. Russomanno, por sua vez, criticou o projeto, dizendo que ele precisa “ser melhorado”, atuando na repressão à venda da droga, e fez um panorama de como vê a região: “Eu acompanho de perto os trabalhos desenvolvidos por profissionais que combatem o uso da droga. Eles são unânimes em falar que uma das coisas que mais ajuda é o amor ao próximo. O processo tem que ser melhorado. Nós estamos criando o que nós vemos nos filmes de ficção: uma sociedade de zumbis no meio de uma sociedade de pessoas de bem que fingem que não olham para o próximo, e que não querem saber o que está acontecendo”, disse ele.

A proposta de Russomanno é que a Guarda Civil Municipal (GCM) forme um cordão de isolamento na Cracolândia para revistar pessoas suspeitas que acessam o local. “Não adianta nada dar moradia e não proibir a droga. Aqueles que quiserem entrar será com a vistoria. Onde não tem produto não tem consumo”, disse o candidato do PRB.

Haddad criticou a ideia, dizendo que isso só vai fazer com que o fluxo mude de lugar. Para o petista, a única forma de acabar com a droga na região é por meio dos trabalhos de inteligência das polícias, o que não compete ao poder municipal. “Não acredito que o cordão sanitário vai resolver. Essa droga chega lá muito fácil. Chega a partir de centros de estocagem que facilmente são identificáveis pelas Polícias Civil e Federal. Não podemos assumir o encargo para o qual não estamos capacitados e instrumentalizados”, disse ele.

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Além das propostas, os dois ficaram discutindo sobre quem visitou mais a região. “Nenhum prefeito pisou na Cracolândia até eu assumir. Eu fui durante seis meses uma vez por semana”, disse Haddad. “Eu já fui lá várias vezes, eu converso com os moradores de rua. Eu ando pelas ruas. Eu sei o que acontece”, afirmou Russomanno.

Leia também: Candidatura de irmão de Russomanno é barrada

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