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Brigas e acusações dão o tom do debate em Belo Horizonte

De olho em uma vaga no segundo turno da disputa, candidatos a prefeito miraram Alexandre Kalil, que ocupa o segundo lugar nas pesquisas

Por Luisa Bustamante
Atualizado em 3 dez 2021, 18h55 - Publicado em 17 set 2016, 02h09

Transmitido na noite desta sexta-feira, o segundo debate televisivo com candidatos à prefeitura de Belo Horizonte foi marcado por brigas e acusações de candidatos na corrida por uma vaga na disputa do segundo turno. O principal alvo dos postulantes ao cargo foi o ex-presidente do Atlético-MG, Alexandre Kalil (PHS), que ocupa o segundo lugar nas pesquisas de intenção de votos com 22%, atrás do tucano João Leite, com 33%, segundo o Ibope. A transmissão foi feita pela RedeTV! em parceria com VEJA, portal UOL e Facebook.

Kalil foi alvejado logo na primeira pergunta, quando o candidato Sargento Rodrigues (PDT) lembrou que o ex-cartola acumula uma dívida de IPTU que chega a 100 mil reais. “A prefeitura está quebrada. Com qual argumento você vai cobrar da população se tem carro de 200 mil reais e dinheiro no banco, mas não paga o IPTU?”, questionou. O mesmo tema também foi explorado por Délio Malheiros (PSD), candidato do prefeito Marcio Lacerda (PSB). “Ainda precisamos melhorar a saúde. Mas se o senhor pagasse o IPTU, seria possível fazer 10.000 mamografias com sua dívida.”

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A estratégia de Kalil para sair do embate foi apelar para o discurso de que ele, assim como a população, sofre com a crise motivada por decisões políticas equivocadas. “Eu sou homem comum, pago empresários do meu bolso, tenho despesas, tenho problemas, sofro. Já atrasei colégio, porque nunca tive dinheiro público para me servir. Aqui nessa sala tem apropriação indébita, lavagem de dinheiro. Mas não falo, não agrido”, respondeu.

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Em resposta à acusação de Malheiros, Kalil devolveu: “O cargo mais importante que você teve na vida foi cuidar de 50 capivaras. E 38 morreram. Quem não deu conta de cuidar de capivara não vai conseguir cuidar dos habitantes desta cidade”, disse para Délio, que já foi secretário de Meio Ambiente.

Em suas considerações finais, Kalil procurou ganhar a sensibilidade do eleitor. “Nos meus 57 anos de vida, eu nunca fui tão agredido por gente que não julgo gabaritada para isso. O que vimos hoje é o que veremos até o dia do último debate. Gente que fala bonito, que me lembra o Collor e que vai partir para todo tipo de agressão.”

Mas as críticas também foram direcionadas para outros candidatos. Luis Tibé (PT do B) teve que explicar seu envolvimento com o uso indevido de verba indenizatória. O candidato foi condenado em primeira instância a devolver 145 mil reais aos cofres públicos. Segundo ele, em segunda instância, valor foi reduzido para 5 mil reais. Tibé afirmou que está recorrendo da ação. “Todos os vereadores desta gestão respondem por este fato”, disse ele. Em seguida, defendeu o uso da verba indenizatória pelos políticos.

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Nacionalização

Também estiveram presentes denúncias de corrupção que contaminam o sistema político. Questionado sobre a participação de políticos tucanos mineiros em denúncias de corrupção, João Leite se desconcertou e afirmou que todos devem ser investigados.
Perguntado se a aparição tímida de Aécio Neves em seu material de campanha tinha relação com o fato de o tucano ter sido citado na Lava Jato, Leite devolveu que não precisa ser conduzido por ninguém. “Fui capitão quando era jogador. Eu é que comando”, respondeu.

A tentativa de se dissociar da imagem negativa do próprio partido também foi tema de pergunta para o candidato do PT, Reginaldo Lopes. “Tenho medo é de quem não tem partido”, enfatizou, após defender a ex-presidente Dilma Rousseff, que sofreu impeachment em agosto.

Coube aos candidatos do PT e do PMDB, Rodrigo Pacheco, nacionalizarem o debate ao falarem sobre o impeachment. Enquanto o peemedebista defendia que era preciso deixar o episódio para trás e construir uma aliança em favor da cidade, o petista reforçou sua opinião de que o processo de destituição de Dilma foi um golpe.

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