Eleição mineira racha governador e vice
Peemedebista se irrita com acusações de "golpista" e endurece discurso contra o PT de Fernando Pimentel
A eleição para a prefeitura de Belo Horizonte respingou na relação do governador de Minas, Fernando Pimentel (PT) e seu vice, Antônio Andrade. Presidente do PMDB em Minas, Andrade disse que a aliança entre os partidos vai até 2018 se “o PT se comportar bem”. A briga estourou depois que o candidato à prefeitura de BH pelo PMDB, Rodrigo Pacheco, derrotado no domingo, anunciou seu apoio à candidatura de João Leite (PSDB). A aliança foi articulada por Andrade após um encontro com os senadores tucanos Aécio Neves e Antônio Anastasia.
“O compromisso (do PMDB) com o PT vai até o dia 31 de dezembro de 2018. Isso se o PT se comportar bem conosco. Isso se o PT não achincalhar o PMDB como vinha fazendo, nos chamando de golpistas. O PMDB tem se comportado corretamente. A situação nossa ficará duradoura ou não dependendo do PT”, afirmou Andrade.
Com as movimentações, o PMDB mineiro rachou na última semana. A bancada de deputados estaduais criticou publicamente a iniciativa de Andrade e Pacheco. Além disso, os parlamentares saíram em defesa do governador Fernando Pimentel, alvo da Operação Acrônimo, da Polícia Federal.
Deputados estaduais do PT também partiram para o ataque contra a ala peemedebista que aderiu a Leite. O petista Rogério Correia publicou um vídeo em seu perfil no Facebook afirmando que Aécio e Andrade estão negociando um “golpe” contra o governo de Pimentel.