Doria diz que vai buscar PMDB e PSD para compor base de apoio
Em tom de conciliação, tradicional depois das eleições, lembrou dos adversários Fernando Haddad ("um homem de bem") e da senadora Marta ("muito gentil")
Por Eduardo Gonçalves
Atualizado em 22 out 2020, 14h15 - Publicado em 3 out 2016, 07h28
Após a vitória surpreendente no primeiro turno da eleição à prefeitura de São Paulo, João Doria anunciou na noite deste domingo as primeiras medidas que tomará à frente da maior cidade do país. Disse que um dos primeiros atos será procurar o apoio do PMDB e do PSD, partidos de sustentação da candidatura da adversária Marta Suplicy, para compor a sua base aliada. Ele revelou que recebeu telefonemas hoje do presidente Michel Temer e do ministro Gilberto Kassab, parabenizando-o pela vitória. Segundo ele, isso já indica “gestos de aproximação”.
“As boas conversas começam agora. Tenho certeza de que teremos uma boa conversa com o PMDB, tendo em vista que o presidente Michel Temer também me ligou. Ele me disse que tudo aquilo que o governo federal puder ajudar, ele vai ajudar”, disse Doria. Num discurso de conciliação, tradicional depois de encerrado os pleitos, ele lembrou dos adversários Fernando Haddad — “um homem de bem” —, da senadora Marta — “muito gentil” —, e do deputado Celso Russomanno — “conheço-o há um bom tempo” —, que não conseguiram levar a disputa nem para o segundo turno.
Doria também se disse “muito tranquilo” com a ação movida pelo Ministério Público Eleitoral que pede a cassação da sua candidatura por abuso de poder político. Segundo ele, o processo não deve dar em nada. Doria revelou, inclusive, que teve um encontro informal — “um café, sem advogado” – com o promotor José Carlos Bonilha, autor da ação, há dois meses.
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Conforme já alardeava em sua campanha, os primeiros projetos que implementará em sua gestão são a privatização do que chama de “Parque Anhembi”, o Corujão da Saúde (realização de exames em hospitais privados durante a madrugada) e o aumento da velocidade das Marginais Tietê e Pinheiros. “A saúde será a prioridade um, dois e três do meu governo”, disse Doria.
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O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, voltou a defender nesta quarta-feira,17, uma modernização dos contratos de distribuição de energia elétrica. Silveira, que se encontrou com o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, para tratar da concessão envolvendo a Enel, foi questionado por jornalistas sobre a reunião, e afirmou ter laranjas podres no segmento de energia. A questão envolvendo a Enel e o desgaste do governo federal com o presidente da Câmara, Arthur Lira são destaques do Giro VEJA.
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