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Áudio indica financiamento irregular em campanha do PMDB do Rio

Secretário de Assistência Social do Rio aparece em gravação tratando de doações que não poderiam ter sido feitas

Por Luísa Bustamante
Atualizado em 22 out 2020, 19h32 - Publicado em 23 set 2016, 19h07

Um áudio com a voz do secretário estadual de Assistência Social, Paulo Melo, expôs o possível financiamento irregular de um candidato do PMDB do Rio de Janeiro. Cacique do partido no estado, Melo diz em conversa obtida por VEJA que injetou milhões de seu próprio patrimônio na campanha de Hamilton Nunes de Oliveira, o Pitico, postulante à prefeitura de Saquarema, seu reduto eleitoral.

“Se todo mundo perder, ninguém gastou nada, eu me f… todo. Tirei 4,1 milhões do meu patrimônio”, diz Melo. “Eu estava bem, no meu carguinho lá, e agora você que me botou nisso”, responde Pitico, ex-chefe de gabinete de Melo. Segundo as novas regras eleitorais, aprovadas no ano passado, Melo não poderia fazer uma doação deste valor para Pitico. O limite de gastos dos candidatos a prefeito de Saquarema está estipulado em 1,586 milhões de reais.

Procurado pela VEJA, Melo admite ser ele mesmo na gravação, mas nega que a cifra milionária citada tenha sido aplicada na campanha de Pitico. Ele diz que o áudio foi editado, e que o os 4,1 milhões de reais se referem à verba usada por ele nas eleições de 2014, quando foi reeleito deputado estadual, e nestas de 2016.

“De fato doei à campanha do meu candidato, dentro das regras estabelecidas pela lei. É bom destacar que não se trata de dinheiro público ou qualquer tipo de doação ilícita, como tentam fazer parecer nossos adversários. Doei 200 000 reais, quantia dividida entre o candidato a prefeito e a vereadores, além de alguns candidatos de cidades vizinhas”, afirmou Melo por meio de nota.

O áudio da conversa foi vazado do celular do próprio Pitico e começou a viralizar no aplicativo de mensagens Whatsapp nesta quinta-feira (22). De acordo com a prestação de contas do candidato no Tribunal Superior Eleitoral, Pitico recebeu até o momento um total de 160 300 reais, valor muito distante dos 4,1 milhões de reais citados por Melo.

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