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USP apura esquema de grupo de ‘cola’ no WhatsApp

A polícia civil suspeita que 200 estudantes do 1º ano de engenharia da Poli-USP participavam de um grupo no aplicativo para trocar respostas de provas

Por Da redação
1 jul 2016, 20h06

A Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP) investiga um esquema de fraude por meio de um grupo no aplicativo WhatsApp para “colas” em provas de duas disciplinas dadas aos alunos de 1º ano de Engenharia. A suspeita é que o esquema possa envolver mais de 200 estudantes. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil.

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Na manhã da segunda-feira passada, uma prova de Cálculo 1 era aplicada em diversas salas para cerca de 800 estudantes no prédio do Biênio da Poli, na Cidade Universitária. Um aluno de 19 anos foi flagrado usando o celular no exame. Segundo o boletim de ocorrência, o professor que aplicava a prova pediu que o estudante entregasse o aparelho e, ao final do exame, acionou outros docentes, que fizeram questionamentos ao rapaz.

No aparelho, encontraram uma mensagem enviada pelo aluno em um grupo de WhatsApp chamado “Honestidade”, que, segundo a polícia, tem mais de 200 integrantes. Ainda segundo o boletim de ocorrência, o rapaz teria enviado uma foto da prova ao grupo para que outras pessoas, que não estavam na sala, enviassem a solução das questões. Também foram encontradas as mensagens com as respostas da prova. O celular do aluno foi apreendido pela polícia e será periciado. O caso foi registrado, por enquanto, como não criminal. Procurado pela reportagem, o estudante disse que foi orientado por seu advogado a não dar entrevistas.

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De acordo com José Roberto Piqueira, diretor da Poli, uma sindicância interna já foi aberta na unidade, e a Comissão de Ética da universidade também foi notificada para acompanhar o caso. “A USP também iniciará um processo civil, caso a polícia detecte que houve formação de quadrilha (para o esquema de “cola”). Essas pessoas podem ser processadas por manchar a imagem da instituição. É um processo em que até cabe indenização”, disse Piqueira.

Segundo o diretor, a suspeita é de que a fraude não acontecia de forma constante, mas há indícios de que pode ter ocorrido também no exame da disciplina de Álgebra Linear, ministrada para os alunos de 1º ano. “Quero deixar muito claro que esse não é o perfil do aluno da Poli, isso não é usual entre os estudantes. Os alunos da Poli primam pela honestidade e isso é um deslize de um grupo que vai ser apurado e punido.”

Piqueira também ressaltou que o esquema envolvia uma pequena parcela de alunos e disse ter sido a primeira vez que um caso como esse é identificado na unidade. O curso de Engenharia na Poli é um dos mais disputados da Fuvest. Na última edição do vestibular foi o curso com a quinta maior nota de corte.

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O diretor afirmou que a prova não será cancelada e que, nos casos em que for comprovada a “cola”, os alunos terão a prova zerada e vão responder a processos administrativos. “Em matemática, existe uma coisa chamada estilo algébrico e não existem dois estilos iguais. É como a caligrafia. Por isso, facilmente a gente vai perceber quais são as soluções que vieram dessa fonte. E essas provas vão ser anuladas e todos responderão a processo administrativo.”

Estatuto – Em nota, a USP informou que os processos administrativos são conduzidos pelas unidades, que podem decidir por penalidades que vão de advertência, suspensão até a expulsão do aluno. No casos das duas últimas, a indicação deve partir de uma comissão processante.

(Com Estadão Conteúdo)

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