União quer frear na Justiça greve em universidades federais
Paralisação iniciada no dia 6 de junho atinge 35 unidades
A Advocacia-Geral da União (AGU) propôs no fim da tarde desta segunda-feira, no Superior Tribunal de Justiça, ação para declarar ilegal a greve dos técnicos administrativos de 35 universidades federais de todo o país. A paralisação acontece desde 6 de junho.
Caso a greve não seja suspensa pela Justiça, a AGU pede que no mínimo 70% dos técnicos retornem ao trabalho, para permitir a continuidade dos serviços públicos essenciais prestados pelas universidades. Além disso, será fixada uma multa diária de 100.000 reais, caso não seja cumprida a determinação.
A ação foi proposta pela Procuradoria-Geral Federal (PGF) contra a Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra) e outras 26 entidades que representam a categoria. De acordo com o órgão, a greve é ilegal porque estavam sendo coordenadas negociações quando os trabalhadores suspenderam suas atividades.
A PGF argumenta ainda na ação que a continuidade da greve pode causar prejuízos a pesquisas e ao atendimento hospitalar realizados pelas instituições de ensino. “Atualmente, cerca de 80% das pesquisas nacionais são desenvolvidas nas universidades federais, projetando o Brasil em âmbito internacional e contribuindo para o processo de desenvolvimento da ciência e tecnologia”, afirma um comunicado oficial.
O movimento grevista pede que o piso da categoria seja reajustado em pelo menos três salários mínimos e a abertura de concursos públicos para a substituição dos funcionários terceirizados. De acordo com o sindicato, hoje os servidores recebem 1.034 reais por mês.
Leia também:
União quer restituição de aluna do ProUni