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Sete pecados capitais no Enem

Alguns erros frequentes que podem ser fatais na importantíssima prova de redação

Por Ana Beatriz Magno
9 out 2016, 16h30

Zerar a redação é a pior das maldições no Enem. O zero, nota de 55.000 candidatos no ano passado, impede a entrada em universidades públicas e bloqueia as bolsas e financiamentos oferecidos pelo governo nas faculdades particulares.

Sob a orientação de especialistas, VEJA listou sete pecados capitais que podem sacrificar uma redação. O mais comum é fugir do tema proposto. O mais estranho é desenhar sobre as linhas. “Há outros erros graves, como defender ideias contrárias aos estatutos dos direitos humanos e escrever textos curtos demais”, lembra Rafael Pina, professor de redação do Rio de Janeiro.

I. Fugir do tema

As provas do Enem trazem uma proposta de redação e textos complementares. A leitura atenta desse material é essencial para a construção da narrativa. Muitas vezes, os estudantes passam os olhos no material, começam logo a escrever e terminam se desviando do assunto proposto.

Há quem mude completamente de assunto, e aí o caso está perdido. “O erro mais comum é o aluno discorrer sobre o tema pedido, mas com a abordagem errada, diferente da solicitada no exame”, explica o professor Bruno Rabin, um dos mais experientes do Rio de Janeiro. Rabin dá um exemplo de desvio do tema: “Numa redação em que o assunto é imigração para o Brasil no século XXI, o estudante opta por fazer um resgate histórico do problema. Ele vai se distanciar da abordagem proposta e perderá muitos pontos”.

II. Desrespeitar as normas de escrita

Aqui há todo tipo de erro: desenhar na prova, fazer charge, mandar recado, escrever poesia. Nada disso pode. “O Enem quer textos argumentativos, bem fundamentados e que obedeçam ao tema e às normas da língua portuguesa”, resume Pina.

III. Atacar os direitos humanos

O exame não permite que se atente contra valores estabelecidos. Vai tirar zero o candidato que defender a pena de morte, disser que bandido bom é bandido morto, manifestar opiniões racistas ou pregar a violência, por exemplo.

IV. Escrever muito ou pouco

Os parâmetros são claros. Será imediatamente desclassificada a redação que tiver menos de sete linhas. O máximo admitido é trinta – considerado um tamanho suficiente para desenvolver as ideias de acordo com o modelo de prosa argumentativa proposto pelo exame.

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V. Usar impropérios ou gírias

Não há uma proibição explícita, mas os especialistas recomendam que gírias e expressões coloquiais sejam evitadas. A recomendação é ainda mais rigorosa para os palavrões.

VI. Identificar-se no texto

O candidato não pode deixar escapar qualquer forma de identificação. Entram aí desenhos, rubricas ou algum tipo de código que permita ao corretor saber quem é o autor. A prova do Enem segue o princípio da impessoalidade.

VII. Não apresentar uma proposta de intervenção social

Muitos alunos escrevem boas redações, mas esquecem de concluir com a proposta de intervenção social determinada pelas regras do Enem. “Isso pode até não zerar a redação, mas vai tirar muito ponto”, alerta Rabin. Que, por fim, dá aos candidatos um conselho que é puro bom senso: “Capriche na letra. Diante de garranchos, o examinador fica, no mínimo, com má vontade”.

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