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Enem 2017: prova passará a ser realizada em dois domingos

O pacote anunciado pelo MEC traz ajustes para o próximo exame

Por Maria Clara Vieira
Atualizado em 9 mar 2017, 22h00 - Publicado em 9 mar 2017, 12h40

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), passaporte de entrada para as grandes universidades públicas e privadas do país, vai passar por mudanças na edição de 2017. Anunciados pelo Ministério da Educação (MEC) nesta manhã, os ajustes não mudam a essência da prova, mas dão cabo de certos gargalos logísticos e conceituais.

O primeiro deles diz respeito à aplicação; normalmente feito em dois dias seguidos, um sábado e um domingo, o Enem será agora realizado com intervalo de uma semana, em dois domingos. O objetivo é equacionar um problema que causava incômodo aos estudantes “sabatistas”, praticantes de religiões que consideram sábado dia sagrado.

Eles entravam junto com todo mundo, ficavam esperando em uma sala e só começavam a resolver a prova depois do pôr do sol. O fim da maratona dos dois dias consecutivos pode favorecer aos estudantes de modo geral: é menos estafante. Este ano, a prova será realizada nos dias 5 e 12 de novembro.

Haverá ainda alterações para garantir mais segurança na aplicação do exame. Ao invés dos cadernos de questões divididos em quatro cores, os estudantes receberão cadernos personalizados, identificados apenas com nome e número de inscrição. Assim, dificilmente um participante saberá qual colega recebeu a mesma prova.

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Para os pais, o pacote do MEC contém um item de especial interesse: o Enem não será mais usado como termômetro da qualidade das escolas e não produzirá mais os tradicionais rankings que ajudavam a nortear a escolha por um colégio. A justificativa é estatística; como faz o Enem quem quer e as escolas tem cada qual um tamanho (sendo às vezes pequenas demais), a amostra ficava comprometida.

Para a finalidade de medir o nível das escolas, será adotada a partir deste ano outra avaliação oficial, o Saeb, que, de amostral, passará a ser aplicada em 100% das salas brasileiras de ensino médio, públicas e privadas. “É um medidor mais confiável para este propósito”, garante Maria Inês Fini, presidente do Inep, o órgão responsável pelo Enem.

O exame também perderá sua função de servir como base para emitir diplomas de ensino médio. Se o estudante tirasse pelo menos 4,5 em uma escala de 10, recebia o certificado de conclusão desta etapa. Gente que havia deixado os bancos escolares recorria a esta trilha. Na versão 2017, outra prova do MEC, o Exame Nacional Supletivo para Jovens e Adultos (Enseja), vai cumprir o mesmo papel. Mas o mais importante mesmo ainda não foi divulgado pelo ministério: como o Enem se adaptará à nova base curricular que promete revirar para valer as salas de aula do ensino médio.

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