Professores da PUC-SP decidem manter greve
Paralisação teve início na semana passada após nomeação de reitora
Professores da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) decidiram na noite desta quarta-feira manter a greve iniciada há uma semana. Ao menos sete cursos já aderiram à paralisação, e o número deve aumentar até o fim desta semana. Ao lado de estudantes e funcionários, parte dos docentes protesta contra a nomeação da professora Anna Maria Marques Cintra para a reitoria da universidade.
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Em votação realizada pela comunidade acadêmica, Anna Cintra ficou em terceiro lugar, sendo eleito o professor Dirceu de Mello, atual reitor. No entanto, o regulamento da universidade prevê que a decisão final cabe ao grão-chanceler da Fundação São Paulo, mantenedora da PUC-SP, dom Odilo Scherer. Tradicionalmente, o grão-checeler opta pelo indicado pela comunidade acadêmica, o que não aconteceu neste ano.
Em nota, o diretor da Faculdade de Direito, Marcelo Figueiredo, afirmou que uma reunião extraordinária do Conselho da Faculdade de Direito decidiu, por unanimidade, reconhecer a legitimidade da greve dos professores, funcionários e estudantes. Figueiredo recomendou que os docentes apliquem todas as avaliações finais para não prejudicar a formatura dos alunos. Ele também afirmou que ninguém sofrerá prejuízos acadêmicos ou administrativos. Já a Fundação São Paulo, enviou nesta semana um comunicado por e-mail a docentes e funcionários da instituição, pedindo a manutenção das atividades.
Na noite de quarta-feira, o grupo contrário à indicação de Anna Cintra realizou uma audiência pública no Teatro Tuca, da própria instituição. O debate contou com a participação da Associação de Funcionários Administrativos da PUC-SP (Afapuc), da Associação de Professores da PUC-SP (Apropuc), de movimentos estudantis e do atual reitor.
(Com Estadão Conteúdo)
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