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Primeira colocada no simulado diz que o segredo é estudar (quase) sem parar

Por Marina Dias
28 set 2009, 17h57

Se alguém pedir para a paulistana Daniela Campos Lara, 22 anos, definir seu perfil de estudante, a resposta será categórica: sou nerd. Daniela está entre os que acham fascinante passar a semana inteira, de segunda a segunda, mergulhada nos estudos. Não por acaso, ficou em primeiro lugar no simulado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), promovido em agosto pelo cursinho Objetivo. Para quem persegue o sucesso nos exames, os especialistas recomendam que períodos de estudo intensivo sejam sempre intercalados com atividades de lazer. Mas Daniela desafia a fórmula: o segredo, segundo ela, é estudar todos os dias e fazer pequenas pausas para banheiro, alimentação e as horas necessárias de sono. Cinema ou passeio com os amigos estão simplesmente fora de cogitação.

Dentre os 32 000 participantes do simulado, Daniela alcançou a maior nota. Como prêmio, ganhou um carro zero quilômetro e mais confiança para as próximas provas. “Sou daquelas alunas que senta na frente e não deixa conversas paralelas atrapalharem a concentração.”

O alvo dessa determinação é uma vaga no curso de medicina de alguma universidade pública do país. Para isso, a estudante investe em mais de doze horas de estudo por dia. De segunda a sábado, assiste às aulas no cursinho pela manhã e, após uma pausa para o almoço, dedica-se à revisão da matéria e à resolução de dezenas de exercícios, por outras sete horas seguidas. “Faço paradas rápidas para ir ao banheiro (risos). É tudo muito cronometrado. Os exercícios em casa ajudam a ganhar rapidez e a resolver algumas partes das questões de cabeça”, garante.

Estratégia � Para não perder a concentração, no cursinho, Daniela senta-se de frente para o professor e, quando cansa da teoria, abre o livro de exercícios e começa a resolver um atrás do outro. “Procuro direcionar a atenção para explicações de conteúdos que ainda tenho dúvida”, afirma. Nada de decorar nomes, tabelas e fórmulas. “O melhor é desenvolver o raciocínio lógico em cima de todas as disciplinas, não apenas em exatas”. Há dois exemplos bem característicos dessa estratégia: em história, acompanhar a linha cronológica dos acontecimentos; em biologia, saber o significado dos radicais das palavras que dão nomes a determinados animais.

“Cheguei a fazer noventa questões de química em uma única tarde”, relembra. Há dias, porém, em que a estudante assiste a muitas aulas de exatas e, por isso, prefere rever assuntos de história ou geografia. “Estudar depois da aula o oposto do que você viu pela manhã pode ser uma boa saída para a rotina não ficar muito cansativa”.

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Na prova – “Não começo pela área de conhecimento que tenho mais domínio”, explica. “O exercício de número 1 é o primeiro que vou resolver, e assim por diante”. Daniela costuma ler a questão duas vezes. Caso não entenda o enunciado ou perceba que não sabe solucionar o desafio de imediato, deixa a questão no fim da fila.

Acontece que, em algumas ocasiões, não há tempo suficiente para voltar à pergunta ou, ainda, pode acontecer do estudante realmente não achar a resposta certa para o que foi proposto. O que fazer? “Nessa hora, é melhor chutar. Não deixar nada em branco, mas chutar consciente, eliminando as alternativas que não fazem muito sentido”.

Uma dificuldade � A disciplina mais problemática para Daniela é o português. “Os enunciados são muito grandes e é preciso ler com muita atenção. Geralmente, são as questões que mais demoro a resolver.” Para treinar redação, escreve dois textos por semana sobre temas da atualidade. “Cronometro meu tempo e tento não ultrapassar 1h15”, explica. Qualquer que seja o assunto, segundo a estudante, a dica é preencher um esqueleto: “no primeiro parágrafo, apresento minha tese e então desenvolvo o assunto com exemplos que justifiquem o que defendi inicialmente. Por último, faço a conclusão, um apanhado sobre tudo o que escrevi”.

A tranquilidade na hora da prova, segundo a estudante, faz muita diferença. “Geralmente, fico muito nervosa. Mas desta vez quase não me reconheci. Estava super calma e, com certeza, isso ajudou muito”. Modesta, Daniela diz que desconfiou da primeira colocação no simulado: “Quando vi que tinha ficado em primeiro lugar, logo pensei: os melhores não devem ter ido fazer a prova por causa da chuva.”

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