FAU-USP vai reservar 30% das vagas para alunos da rede pública

A Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP) decidiu nesta quinta-feira que irá destinar 30% das vagas do vestibular 2017 para alunos de escolas públicas. Metade dessas vagas será para os alunos que se declaram ‘pretos, pardos e indígenas’ – essa denominação é usada de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A seleção será feita via Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que prevê a entrada de candidatos pela nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A decisão foi tomada em reunião da congregação da unidade, com representantes de professores, funcionários e alunos da universidade.

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Do total de 190 vagas (150 para o curso de arquitetura e urbanismo e 40 para design), 57 serão reservadas ao Sisu. Por conta dessa decisão, a FAU decidiu suspender, em caráter experimental, a prova de habilidades específicas para os candidatos do vestibular 2017.

De acordo com a urbanista Raquel Rolnik, professora da FAU, a prova de habilidades será suspensa apenas durante a próxima seleção. “Até maio do ano que vem [iremos] promover discussões internas sobre a prova de habilidades específicas e sua relação com o projeto político pedagógico da escola”, escreveu em um post em seu blog.

O curso de arquitetura registou no vestibular do ano passado 26% de alunos da rede pública, abaixo da média da USP, de 35%. No ano passado, a USP iniciou a adesão ao Sisu como forma de aumentar a inclusão de alunos.

Sisu na USP – Além da FAU, a Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) e a Escola de Comunicação e Artes (ECA) já decidiram destinar parte de suas vagas para o Sisu. Já a Escola Politécnica (Poli) reservou 10% das vagas no sistema de seleção, sem destinar vagas exclusivamente para os alunos oriundos do ensino público.

Com a decisão da FAU , o número de vagas no sistema de seleção subiu de 1.996 para 2.159. Em comparação com vestibular 2016, houve um aumento de 45%.