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De onde vêm e quem são os melhores alunos do Enem?

Levantamento inédito mapeia onde estão e quem são os alunos que costumam figurar no topo - uma turma seleta que está no 1% das notas mais altas da prova

Por Luisa Bustamante, Isabela Izidro 3 nov 2017, 18h33

As vésperas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), porta de entrada para a maioria das universidades, cuja primeira etapa acontece neste domingo, 5 (a segunda ocorrerá no dia 12), um levantamento inédito mapeia onde estão e quem são os alunos que costumam figurar no topo — uma turma seleta de estudantes que estão no 1% das notas mais altas da prova. A pesquisa feita pelo IDados, instituto de análises estatísticas que acompanha o sistema de ensino brasileiro, confirma uma incômoda sensação de injustiça: as vagas mais cobiçadas do ensino superior vão para os jovens de maior poder aquisitivo egressos das escolas mais caras da região mais desenvolvida do país. Apesar de iluminar tanta desigualdade, o levantamento permite enxergar no detalhe o caminho da excelência, as boas escolas e a fórmula de sucesso dos estudantes, artigos raríssimos. Dos 13 000 alunos que obtiveram as notas mais elevadas do Enem em 2015, um em cada quatro saiu de um minúsculo grupo de cinquenta escolas — 0,1% de todas as instituições de ensino médio.

(//VEJA)

Aprofundando o corte dos colégios de alto nível, VEJA apurou os traços em comum das dez escolas que mais emplacaram campeões no disputadíssimo Enem. Entre eles se destacam o horário integral, aulas mais práticas, preparação para o exame desde o início do ciclo médio e rigorosos processos para o ingresso de novos estudantes, além de mensalidades que podem atingir 5 000 reais. Nessas escolas, o aluno chega às 7 horas e às vezes sai às 18.

Dadas as condições ideais, os alunos dessas escolas aprendem, preparam-se e escalam o olimpo do Enem. Essa elite é fera desde os primeiros anos de estudo, não tem uma única recuperação no currículo e vem de famílias em que os pais têm diploma universitário e a renda passa dos dez salários mínimos. Sem outra preocupação que não seja entrar na faculdade, esses alunos seguem uma rotina de estudos que chega a quase doze horas por dia, incluindo o tempo que passam na escola e algumas horinhas extras em casa. Quando o Enem se aproxima, dedicam sábados e domingos a fazer provas antigas. Produzem duas ou três redações por semana. A leitura de livros e jornais é hábito sagrado.

Nos resultados do Enem, as notas mais baixas dessa turma são tiradas em linguagens; as mais altas, em redação e matemática. “A melhor estratégia é se concentrar nas duas matérias em que se consegue pontuar mais. Português, por exemplo, eu só estudei o que o colégio me passou em sala de aula”, confessa Clara Leal, de 20 anos, que fez o ensino médio no Colégio Bernoulli e está matriculada na Universidade Federal de Minas Gerais

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