Por Olívia Bulla
São Paulo – Em uma repetição da primeira hora do pregão de ontem, a Bovespa apagou a alta acelerada exibida logo após a abertura de hoje e passou a testar o terreno negativo, em linha com o enfraquecimento dos mercados internacionais. A agenda econômica esvaziada de indicadores relevantes, a falta de notícias conclusivas sobre a Europa e a véspera do vencimento de índice futuro contribuem para o vaivém dos negócios locais.
Por volta das 11h40, o Ibovespa era negociado na pontuação mínima do dia, em queda de 0,18%, aos 53.906,10 pontos. Na máxima, registrada pela manhã, o índice à vista foi aos 54.494 pontos, em alta de 0,91%. O volume financeiro somava R$ 1,37 bilhão, projetando giro de R$ 6,12 bilhões até o fim do dia.
“A Bolsa tem volume, mas está sem direção nenhuma”, resume o chefe da mesa de renda variável de uma corretora paulista. Para ele, os mercados financeiros globais devem ficar em “banho-maria” até o resultado das eleições gregas, que acontecem neste domingo.
O profissional, que prefere não ser identificado, acrescenta, porém, que a proximidade do vencimento de índice futuro, amanhã, também influencia o comportamento da Bolsa. “A briga (entre “comprados” e “vendidos”) sempre ativa algum ajuste na carteira do mercado à vista”, comenta.
Para se ter uma ideia do sobe-e-desce dos mercados, apenas 5 minutos após o horário citado acima, às 11h45, o Ibovespa subia 0,29%, enquanto o índice Dow Jones tinha alta de 0,25%. A Bolsa de Frankfurt caía 0,44%.