Por Mônica Ciarelli
Rio – A Vale não trabalha com a possibilidade de ter que depositar em juízo os R$ 32 bilhões questionados judicialmente pela Receita Federal, que reclama o pagamento de impostos por controladas e coligadas da mineradora no exterior. Em encontro com jornalistas nesta sexta-feira o presidente da Vale, Murilo Ferreira, afirmou que a companhia vem fazendo um longo trabalho de análise desses débitos. “Estamos confiantes que os ministros do STF compreendam a dimensão dos investimentos da Vale no Brasil e no exterior e a dimensão de nossas operações”, afirmou o executivo.
Mesmo acreditando que não haverá necessidade de lançamento desse custo adicional, Ferreira afirmou que a companhia tem condições de bancar o pagamento dos tributos, caso necessário. “A Vale tem patrimônio suficiente para este pagamento”, declarou.
Sobre a polêmica em torno dos royalties do minério, discutida com o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), o executivo brincou, afirmando esperar um desfecho “até o dia de São João”, ou seja, 24 de junho. Ele lembrou que a companhia levantou todos os pagamentos de royalties desde 1991 para embasar a discussão junto ao órgão. Ferreira atribuiu ao levantamento trabalhoso o atraso em torno da definição dessa questão.