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UE dá ultimato à Grécia para liberação de ajuda

Governo grego tem duas semanas para aprovar um novo plano de austeridade fiscal; só assim receberá, em troca, mais uma parcela de ajuda financeira

Por Da Redação
20 jun 2011, 21h31

A Europa deu nesta segunda-feira um prazo de duas semanas para que a Grécia aprove seu polêmico plano de austeridade fiscal e receba, em troca, mais uma parcela (de 12 bilhões de euros) da ajuda financeira acertada numa rodada de negociações que tem gerado temores e movimentos cautelosos por parte dos investidores mundiais.

“Decidimos convocar os representantes da zona do Euro para uma reunião extraordinária no domingo, dia 3 de julho, para tratar de finalizar o programa de ajuda à Grécia”, anunciou o presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, após a reunião dos ministros de Finanças europeus em Luxemburgo.

Segundo Juncker, a adoção do plano de austeridade do governo grego é indispensável para que a Europa e o Fundo Monetário Internacional (FMI) aceitem continuar ajudando o país. Após a reunião de 3 de julho deverá ser desbloqueada a quinta parcela de um total de 110 bilhões de euros aprovado como empréstimo no ano passado.

Contudo, mesmo após o primeiro pacote de ajuda, a Grécia não conseguiu reerguer-se e conter sua dívida pública – equivalente a 150% do PIB. O país volta a estar ameaçado de falência, o que poria em perigo toda a economia da zona do euro.

Apesar do risco, a Europa e o FMI decidiram neste domingo adiar o desbloqueio e aguardar para que o Parlamento grego vote, em 28 de junho, o plano de austeridade e de privatizações.

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Os mercados reagiram na segunda-feira com inquietude à decisão de esperar um pouco mais. As principais bolsas europeias fecharam com perdas, ainda que o euro tenha conseguido manter a alta mesmo após iniciar o dia em declínio. Agora, todas os olhos estão postos em Atenas, dizem os analistas de mercado.

“Esperamos por uma decisão do Parlamento grego. Por isso pedimos não só ao governo, mas também à oposição para apoiar o plano de austeridade”, disse o ministro belga de Finanças, Didier Reynders.

O governo grego tentou incutir confiança nos mercados. “Estamos determinados a aplicar o programa (de reformas) e fazer todo o necessário para que nosso país melhore sua situação fiscal e se encontre em uma situação viável”, disse o primeiro-ministro grego, George Papandreou, após reunir-se em Bruxelas com dirigentes europeus.

A Grécia espera não ter problemas para a liberação da nova parcela dos 12 bilhões de euros do empréstimo concedido ano passado pela União Europeia e pelo FMI, condicionado à aprovação de um novo plano de austeridade e privatizações, anunciou o ministério das Finanças.

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“O ministro confia na aprovação do plano no Parlamento, onde a maioria socialista conta com 155 das 300 cadeiras, na votação prevista para 28 de junho”, afirmou a uma fonte do ministério, ao comentar os resultados da reunião dos ministros das finanças da zona do euro em Luxemburgo.

Além do empréstimo já aprovado, a zona do euro e o FMI projetam uma nova ajuda, de 100 bilhões de euros, para os próximos anos, que contará não apenas com dinheiro público, mas também com a participação voluntária dos credores privados.

(com Agence France-Presse)

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