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TRT mantém condenação da Pernambucanas por trabalho escravo

Empresa foi condenada ao pagamento de indenização de R$ 2,5 milhões; Pernambucanas informa que caso está sujeito à análise em tribunal superior

Por Da redação
Atualizado em 18 ago 2017, 15h51 - Publicado em 18 ago 2017, 15h31

A 7ª Turma do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 2ª Região manteve, por unanimidade,  decisão que condena a rede Pernambucanas ao pagamento de R$ 2,5 milhões por danos morais coletivos, além de multa, pela sujeição de trabalhadores ao trabalho análogo à escravidão. O caso foi flagrado em 2012 em duas oficinas de costura subcontratadas por fornecedoras da Pernambucanas.

De acordo com a fiscalização os trabalhadores eram sujeitos a jornadas exaustivas, recebiam valores irrisórios pagos por peça, havia utilização de mão-de-obra adolescentes, além da falta de condições de higiene e segurança.

Outros fatores eram indicativos de trabalho análogo à escravidão, como restrição de locomoção e servidão por dívida de trabalhadores.

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Para o juiz Marcelo Donizeti Barbosa, que analisou o caso em primeira instância, a empresa optou pela terceirização da produção de roupas próprias para baratear custos operacionais, mesmo diante da possibilidade da utilização de mão de obra em condições irregulares e até análogas ao trabalho escravo.

A Pernambucanas então recorreu, questionando o dano moral concedido e questões de mérito não analisadas na sentença.

Na análise do recurso, o tribunal entendeu que a Pernambucanas repassou a terceiros parte importante de sua atividade econômica, devendo arcar com as consequências. Os magistrados entendem que é irrelevante o fato de a empresa ter contratos com as terceirizadas de costura com cláusulas de obrigação de não subcontratar oficinas de costura em condições irregulares.

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Outro lado

Em relação ao caso mencionado, a Pernambucanas informa que “ele ainda está sujeito à apreciação pelos tribunais superiores”.

Em nota, a empresa informa que é “sensível às questões que envolvem toda a cadeia de fornecimento do setor têxtil”. “[…] Tem investido todos os anos em mecanismos e processos que desenvolvam a qualidade e a lisura de seus fornecedores, e não aceita o seu envolvimento em denúncias relacionadas ao trabalho análogo ao escravo.”

A Pernambucanas diz que “exige de parceiros comerciais, em contrato, uma série de documentos que comprovam a correta gestão sobre os profissionais que empregam e sobre a infraestrutura em que trabalham, além de uma conduta ética e responsável em todos os seus processos”.

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“Possui uma equipe interna de auditores que trabalha com dedicação exclusiva na avaliação das práticas adotadas por esses fornecedores, contando com serviços de certificação de entidades independentes […]”, informa em nota.

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