Os credores da Grécia (UE, FMI e BCE) retornarão a Atenas na quinta-feira para concluir as negociações que permitirão desbloquear a próxima parcela de empréstimos ao país, anunciou a Comissão Europeia.
“Tenho o prazer de anunciar que o trio de credores decidiu retomar a missão na Grécia”, declarou o porta-voz do comissário europeu de Assuntos Econômicos, Olli Rehn.
“A decisão foi tomada após os recentes anúncios das autoridades gregas sobre ajuste orçamentário”.
“Estas medidas constituem um importante avanço para os objetivos orçamentários fixados para 2012”, completou o porta-voz, Amadeu Altafaj.
Os líderes da missão do trio (União Europeia, Fundo Monetário Internacional e Banco Central Europeu) deixaram a Grécia no início de setembro, descontentes com a falta de progressos do governo de Atenas nos esforços prometidos para reduzir o déficit.
A Grécia depende de um relatório do trio de credores para receber a sexta parcela de oito bilhões de euros, parte de um empréstimo de € 110 bilhões concedido a Atenas em maio de 2010.
Atenas precisa de forma vital da liberação da parcela para evitar uma suspensão de pagamentos em sua enorme dívida, que supera 350 bilhões de euros (mais de 150% do PIB).
Nesta quarta-feira, o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, afirmou que a crise da dívida é o maior desafio da história da União Europeia, mas assegurou que a Grécia continuará na Eurozona.
Outra notícia positiva foi data hoje: o Parlamento da Finlândia adotou uma ampliação do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FESF), uma indispensável ferramenta financeira para enfrentar a crise da dívida europeia.
Dez dos 17 países da Zona do Euro ratificaram o novo FESF, dotado de uma capacidade de empréstimo de 440 bilhões de euros: Bélgica, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Portugal e Eslovênia.
Alemanha aprovará na quinta-feira, e os demais países nos próximos dias ou semanas. Somente desta maneira o FESF poderá ser implementado.
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