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Trazer inflação para meta em 2012 vai exigir esforço prolongado, diz Tombini

Em evento, presidente do Banco Central afirma que medidas macroprudenciais, além de atuar no câmbio, têm efeito sobre o crédito e o consumo

Por Da Redação
26 abr 2011, 14h45

Colocar a inflação na meta em 2012 vai requerer um esforço redobrado do governo, na avaliação do presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini. Durante palestra no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), ele acrescentou que a tarefa será buscada por um tempo mais longo.

Tombini confirmou que os dois grandes desafios da autoridade monetária são fazer a inflação convergir para a meta, apesar da alta dos preços das commodities agrícolas e do petróleo, e evitar um fluxo exagerado de recursos estrangeiros ao país – o que também acaba por exercer um impacto inflacionário. A inflação tem sido uma das maiores preocupações do governo da presidente Dilma Rousseff. Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, elevou a taxa básica de juros (a Selic) em 0,25 ponto percentual, para 12% ao ano, o maior nível desde janeiro de 2009, quando era de 12,75%.

Durante o evento, ele citou dados de inflação corrente em vários países do mundo; dividindo os países entre aqueles que têm metas de inflação, os que não as possuem e os que lidam com metas não explícitas. Em seguida, concluiu: “A inflação é hoje, certamente, um problema global.”

Tombini destacou que a forte alta dos preços no país, além de refletir uma inflação global elevada, também tem componentes locais. O presidente do BC, no entanto, não citou quais são esses componentes durante seu discurso, limitando-se a dizer que tais itens são comuns a outros países emergentes. Uma das maneiras de observar a trajetória de alta da inflação independente das pressões externas é acompanhando o índice de preços de serviços, que tem se mantido elevado.

2012 – Sobre as expectativas de inflação futura, o presidente do BC disse que, segundo as projeções do mercado, “a curva aterrissa” em 2012 na faixa de 5%. “As projeções do Banco Central para inflação são um pouco melhores que as do mercado”, comparou, sem, no entanto, apresentá-las. Tombini também se comprometeu a fazer com que a inflação convirja para o centro da meta de 4,5% em 2012. Ele ressaltou que o Brasil tem sido um dos países do mundo mais ativos no enfrentamento inflacionário.

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Medidas macroprudenciais – Segundo o presidente do BC, a crise financeira internacional de 2008 tornou evidente a necessidade do uso de instrumentos macroprudenciais para conter riscos financeiros. Ele admitiu, no entanto, que essas medidas acabam tendo efeito também sobre a demanda agregada. “As medidas ajudam a fazer com que o crédito cresça a um ritmo mais moderado e ajudam a fazer a inflação seguir para meta”, acrescentou.

Assim como o ministro da Fazenda, Guido Mantega, que falou momentos antes, Tombini ressaltou que, até 20 de abril, os fluxos cambiais estavam no “zero a zero”. Isso, segundo ele, é a indicação de que as medidas têm funcionado e que têm ajudado na contenção do fluxo cambial, o que dará “mais tração” para a política monetária.

(com Agência Estado)

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