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Tombini diz que inflação subirá ainda mais no 1º trimestre de 2015

De acordo com o presidente do Banco Central, preços retomarão trajetória de desaceleração apenas a partir do 2º segundo trimestre do próximo ano

Por Da Redação
16 dez 2014, 15h08

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou nesta terça-feira que a inflação no país atingirá seu pico no primeiro trimestre de 2015 e que, só então, deverá iniciar processo de declínio no trimestre seguinte.

Em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Tombini repetiu que a inflação acumulada em 12 meses tende a permanecer elevada no próximo ano e que o BC trabalha para fazer com que ela retorne “o mais rápido possível à trajetória de convergência para a meta” até o final de 2016. “Estou convencido de que a inflação em doze meses iniciará um longo período de declínio – que no cenário mais provável se inicia no segundo trimestre de 2015 – vai culminar com o atingimento da meta”.

A meta de inflação é de 4,5% ao ano, com margem de dois pontos porcentuais para mais ou menos. O indicador tem permanecido persistentemente acima do teto em 12 meses, como em novembro, quando atingiu 6,56%. O BC deu início ao atual ciclo de aperto monetário em outubro passado e elevou a Selic ao atual patamar de 11,75% ao ano, indicando que deve continuar puxando a taxa básica de juros no curto prazo para domar a inflação.

Tombini disse também que a inflação continua elevada por causa do câmbio e dos preços administrados. O dólar acumulou alta de quase 15% ante o real entre setembro e novembro e aproximou-se de 2,76 reais nesta sessão, maior nível intradia em quase dez anos. “Estamos de novo olhando para efeitos secundários da depreciação do real e buscando contê-los”. Ele ainda voltou a dizer que uma política fiscal “contida” ajuda no trabalho do BC de controle da inflação, argumentando que a meta de superávit primário de 2015 – equivalente a 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) – é desafiadora, mas factível.

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Swap cambial – Tombini afirmou que o BC definirá “nos próximos dias” os parâmetros do programa de swap cambial que passará a vigorar a partir de 1º de janeiro, mas adiantou que eles podem ser ajustados “para o mínimo de 50 milhões de dólares e o máximo de 200 milhões de dólares por dia”. Ele repetiu que o atual estoque de swaps, equivalente a posição vendida de pouco mais de 100 bilhões de dólares, já atende “de forma significativa” a demanda por proteção e que o programa de intervenções tem atingido seus objetivos.

Na avaliação de Tombini, “estamos atravessando um período de alta volatilidade” em referência aos efeitos da queda do valor do petróleo e o impacto em algumas economias. Assim o presidente do BC considerou que se o preço atual do petróleo se mantiver, o Brasil terá, como um importador líquido desse produto, uma economia entre 5 bilhões e 10 bilhões de dólares em 2015. De janeiro a novembro deste ano, a conta petróleo na balança comercial brasileira estava deficitária em 15 bilhões de dólares.

(Com agência Reuters)

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