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Taxa de desemprego no Brasil cresce e atinge 8%

Levantamento do IBGE abordou o trimestre entre fevereiro e abril deste ano; ao todo, 8 milhões de brasileiros estão desempregados

Por Da Redação
3 jun 2015, 09h40

A taxa de desemprego no Brasil atingiu 8% no trimestre encerrado em abril, informa o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira. Trata-se do maior nível registrado para o período na série histórica iniciada em 2012. Em relação ao trimestre imediatamente anterior terminado em janeiro, quando bateu a marca de 6,8%, houve um aumento de 1,2 ponto porcentual. Segundo o instituto, 1,3 milhões de pessoas entraram na fila do desemprego entre os dois intervalos verificados.

Em relação ao mesmo trimestre do ano passado, registrou-se uma alta de 0,9 ponto porcentual. No comparativo com todos os trimestres, este foi o maior porcentual verificado desde janeiro a março de 2013, quando a taxa alcançou o mesmo valor, de 8%.

Segundo o IBGE, o número total de desempregados no período somou 8 milhões de pessoas, 985.000 a mais do que o contabilizado no mesmo intervalo de 2014.

Já a taxa de ocupação caiu no trimestre encerrado em abril em comparação com o trimestre terminado em janeiro, de 56,7% para 56,3%. Isso siginifica um contingente de 511.000 trabalhadores a menos.

Especialistas avaliam que o mercado de trabalho está absorvendo os efeitos da desaceleração da economia brasileira, que encolheu 0,2% no primeiro trimestre de 2015. “Não dá para dizer que o que se vê é apenas dispensa de temporários, tem mais pessoas procurando trabalho do que em períodos anteriores. Isso é reflexo do que aconteceu no PIB. Se você não produz, não gera trabalho e não há vagas. Muitas pessoas estavam estudando e se qualificando até o ano passado. Mas com o poder de compra em queda, mais jovens e mais idosos estão voltando ao mercado de trabalho para compor renda familiar”, afirmou o coordenador do IBGE Cimar Azeredo.

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Os analistas ainda projetam que a taxa de desocupação vai manter a trajetória de alta em 2015 e só tende a perder força no próximo ano. “Este ano o desemprego vai aumentar, o que de certa forma é uma maneira de segurar inflação. O custo social é alto, ruim, mas faz parte do ciclo econômico. Até a economia começar a mostrar sinal de melhora, o que deve ocorrer no ano que vem, o ciclo é de alta”, afirmou o professor da Universidade de São Paulo e pesquisador da Fundação de Pesquisa e Desenvolvimento da Administração, Contabilidade e Economia (Fundace/USP), Luciano Nakabashi.

Apesar do aumento de pessoas à procura de emprego, o instituto considerou que o rendimento médio do trabalhador permaneceu estável, em 1.855 reais, para os meses de fevereiro, março e abril. No mesmo período do ano passado, a renda média era de 1.862 reais.

Dentre as atividades pesquisadas, o setor de construção foi o que mais perdeu trabalhadores no trimestre até abril ante os três meses anteriores – 288.000 pessoas a menos. Em seguida, aparece o segmento de comércio, com a perda de 176.000 postos de trabalho, na mesma base de comparação.

Metodologia – Os resultados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, que substitui a tradicional Pnad anual e a Pesquisa Mensal de Emprego (PME). O levantamento foi feito a partir do monitoramento de 70.000 domicílios em todas as regiões do país.

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A PNAD investiga a situação do mercado de trabalho por meio de recortes trimestrais móveis. Por isso, o instituto faz as comparações entre os trimestres anteriores ou igual período do ano passado.

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