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Super ricos compram ouro para se proteger da crise

Bancos relatam que milionários, ante os temores com a economia global, investem em ouro, transferindo recursos para fora do sistema financeiro

Por Da Redação
4 out 2010, 15h40

O bilionário George Soros, ecoando comentários do guru de investimentos Warren Buffet, descreveu o ouro como a “última bolha” porque custa caro para ser tirado da terra e não tem valor real

As pessoas mais ricas do mundo responderam às preocupações com a economia global com a compra de barras de ouro, transferindo ativos para fora do sistema financeiro, afirmaram executivos dos principais bancos do mundo nesta segunda-feira.

Josef Stadler, executivo do UBS afirmou durante o Reuters Global Private Banking Summit que os temores sobre uma nova crise impulsionaram o apetite por ativos físicos bem como ações de companhias de mineração. “Eles não compram apenas ETFs ou futuros, eles compram ouro”, disse Stadler, que dirige a divisão do banco suíço voltada a clientes que tenham pelo menos 50 milhões de dólares para investir.

O UBS está recomendando a seus maiores clientes manterem de 7% a 10% de seus ativos em metais preciosos, como o ouro – que está caminhando para o décimo ano consecutivo de ganhos, negociado a cerca de 1.317 dólares a onça nesta segunda-feira.

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Em um sinal das incertezas dos tempos, alguns clientes fazem até mais que isso. “Tivemos um claro exemplo de um casal que comprou uma tonelada de ouro … e a levou para outro lugar”, disse Stadler. Aos preços atuais, essa encomenda seria avaliada em cerca de 42 milhões de dólares.

“Vejo o ouro como um seguro”, disse Van Anantha-Nageswaran, chefe de investimentos da Julius Baer para a Ásia. “Eu recomendo um mínimo de 10% em portfólio e qualquer coisa mais que isso para ser usado com propósitos de investimento, para responder a sinais de compras ou vendas excessivas de curto prazo”, afirmou.

No mês passado, o bilionário George Soros, ecoando comentários do guru de investimentos Warren Buffet, descreveu o ouro como a “última bolha” porque ele custa caro para ser tirado da terra e não tem valor real, com exceção do preço de mercado.

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No entanto, os preços em ascensão do metal precioso têm por si só gerado cada vez mais demanda por parte dos investidores que buscam uma maneira de se protegerem contra uma nova recessão. O ouro não tem rendimento e não é competitivo em um ambiente de aumento de taxas de juros. Contudo, o cenário difícil para inflação, taxas de câmbio e crescimento global levou a uma alta de cinco vezes em um fundo físico de ouro lançado um ano atrás pelo Pictet, informou o banco suíço.

Porém, nem todos os analistas estão recomendando exposição ao ouro. Andreas Wolfer, diretor de private banking do UniCredit Group, atribui a alta nos preços do metal a investidores nervosos depois da crise financeira de 2008, bem como a preocupações sobre a dívida soberana da zona do euro. “Acreditamos fortemente em uma alocação de ativos com um portfólio claro e diversificado, o que soa um pouco chato, mas no final traz os melhores resultados”, disse Wolfer.

(com Reuters)

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