Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Produção de riqueza ainda é concentrada no Brasil

Um número reduzido de municípios responde pela maior parte do PIB, diz estudo

Por Da Redação
12 ago 2010, 12h53

De acordo com o Ipea, os Estados com maior expansão dos PIBs municipais foram Tocantins, Maranhão e Mato Grosso do Sul. Mas isso não se refletiu na diminuição da desigualdade da riqueza territorial

Apesar da queda na concentração de renda no Brasil, ainda é expressiva a desigualdade territorial na geração de riqueza do país. Um número reduzido de municípios responde pela maior parte do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. É o que mostra o estudo “Desigualdade da Renda no Território Brasileiro”, divulgado hoje pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O documento analisa o grau de concentração e desigualdade de estados e regiões do país por meio dos PIBs e dos PIBs per capita dos municípios.

O Ipea considera o grau de desigualdade do PIB dos municípios brasileiros por meio do coeficiente de Gini, que varia de zero a um – quanto mais próximo do limite máximo, maior a desigualdade. Em 2007, por exemplo, os municípios entre os 10% mais ricos participavam com 78,1% do PIB nacional. Já os municípios entre os 40% mais pobres registravam uma participação de apenas 4,7%. A partir da segunda metade da década de 1990, em plena fase de estabilidade monetária, o grau de concentração dos PIBs municipais caiu levemente (baixa de 2%). Com isso, o índice de Gini passou de 0,88 em 1996 para 0,82 em 2007.

Pelo estudo, entre 1996 e 2007 a desigualdade caiu mais na Região Nordeste (baixa de 4,8%), com o coeficiente de Gini passando de 0,84 para 0,80. Em seguida aparecem o Norte do país, com queda de 3,6% (de 0,83 para 0,80) e o Sul, com 2,5% (de 0,81 para 0,79). A desigualdade caiu 1,2% no Centro-Oeste, com o índice de Gini passando de 0,86 para 0,85. Por fim, o Sudeste registrou redução de 1,1%, de 0,90 para 0,89.

Neste mesmo período, o Centro-Oeste foi a região que mais cresceu economicamente (5,3% ao ano), seguida pelo Norte (3,62%), pelo Nordeste (3,15%), pelo Sudeste (2,52%) e pelo Sul (2,27%). De 1996 a 2007, o grau de desigualdade dos PIBs dos municípios somente aumentou no Espírito Santo (3,7%) e no Mato Grosso do Sul (1,9%). Nos demais estados, houve queda. Os estados com maior baixa no índice de Gini, entre 1996 e 2007, foram Acre (recuo de 13,5%), Sergipe (queda de 11,3%) e Rondônia (baixa de 9,0%). Goiás (queda de 0,3%) e São Paulo (recuo de 1,3%) apresentaram as menores reduções na desigualdade territorial da renda.

Continua após a publicidade

De acordo com o Ipea, os estados com maior expansão dos PIBs municipais foram Tocantins, Maranhão e Mato Grosso do Sul. Mas isso não se refletiu na diminuição da desigualdade da riqueza territorial. Também os estados com menos dinamismo na expansão dos PIBs (Amazonas, Rio Grande do Sul e Pernambuco) reduziram pouco o grau de desigualdade da riqueza territorial.

Com relação ao PIB per capita dos municípios brasileiros, seis estados apresentaram elevação no grau de desigualdade, entre 1996 e 2007: Rio de Janeiro (alta de 42,4% no índice de Gini), Espírito Santo (26,5%), Mato Grosso (14,4%), Minas Gerais (8,8%), Maranhão (2,6%) e São Paulo (2,4%). O estudo teve como referência os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), considerando um período de quase 90 anos, de 1920 a 2007.

(Com Agência Estado)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.