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Presidente da Repsol é ignorado por governo Kirchner

Por Da Redação
10 abr 2012, 15h43

Por Marina Guimarães

Buenos Aires – O presidente da espanhola Repsol, Antonio Brufau, que controla a maior petrolífera da Argentina, a YPF, ainda não recebeu resposta do governo de Cristina Kirchner ao pedido de audiência para conversar sobre a situação da companhia no país. O pedido foi feito na segunda-feira, quando Brufau chegou a Buenos Aires com a intenção de fechar um acordo com o governo argentino, que vem pressionando a empresa desde o fim de janeiro para que aumente os investimentos na exploração e produção nacional.

A Respsol controla a YPF com 58,23% das ações, enquanto o Grupo Petersen, da família argentina Eskenazi, detém uma participação de 25,46%, e o governo possui a chamada golden share, ação com direitos especiais. O conflito com a Casa Rosada começou depois que a presidente viu que as importações de combustíveis no país chegaram a quase US$ 10 bilhões em 2011. Cristina também ficou irritada com os aumentos de preços de óleo diesel, apesar de a companhia receber subsídios estatais.

O governo denunciou a YPF e outras cinco petrolíferas, incluindo a Petrobras Argentina, junto ao organismo antitruste. A partir daí, o conflito aumentou e os mercados começaram a perceber a intenção oficial de reestatizar a companhia, levando a uma perda de mais de 25% de seu valor de mercado em Buenos Aires e de 33% em Nova York. No pregão desta terça-feira em Buenos Aires , as ações da YPF experimentavam uma recuperação técnica, com leve alta de 0,41% em momentos em que o Merval recuava 1,01%, aos 2.496,93 pontos.

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Brufau viajou de Madri a Buenos Aires pelo menos em quatro oportunidades desde janeiro, mas só foi recebido uma vez pelo ministro de Planejamento, Julio De Vido, sem êxito nas conversas. Desde o início desta semana, o CEO espanhol espera algum sinal sobre a possibilidade de um encontro com a presidente ou com o ministro. Brufau tem se mostrado disposto a negociar com o governo, se os investimentos feitos no país forem respeitados.

De acordo com fontes da empresa ao jornal “Clarín”, a companhia tem algumas propostas para apresentar ao governo: abrir o pacote acionista para uma participação estatal; mudar a diretoria argentina, avaliar a distribuição de lucros e dividendos e executar um plano de investimentos conjunto com as petrolíferas grandes que operam no país, como a Petrobras, Exxon, Total, Shell e Bridas.

A companhia insiste com o governo para chegar a um acordo amigável, mas se a reticência for mantida, as fontes disseram que a Repsol poderia levar o caso aos tribunais internacionais. Além do preço de mercado que recua incessantemente, a YPF já perdeu 16 áreas de exploração nas províncias de Chubut, Santa Cruz, Neuquén, Río Negro, Mendoza e Salta. Na próxima quinta-feira, os governadores destas províncias pretendem se reunir para avaliar a situação.

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