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Por que os americanos apoiam o embargo à carne brasileira?

Produtores temem a concorrência do produto e consumidores desconfiam da qualidade

Por Da redação
23 jun 2017, 15h55

Na manhã desta sexta-feira o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, declarou que vai aos Estados Unidos tentar reverter a decisão que suspendeu a exportação da carne in natura do Brasil. Maggi também declarou que há uma imposição muito grande por parte dos produtores americanos para que não se permita a entrada de carne brasileira no país.

“Há que se entender que nós estamos exportando carne para o maior concorrente que nós temos em todo o mundo, há pressão desde a época da liberação para que haja embargo”, disse o ministro.

A aversão pelo produto brasileiro tem explicação, de acordo com o professor de MBA em Agronegócios da FGV, Felippe Serigati. “Somos um player importante no mercado de carnes, os produtores não querem muita concorrência. Temos muita musculatura nesse setor”.

Para o especialista, os consumidores dos Estados Unidos também não estão muito abertos à carne brasileira. “Como é normal para uma economia desenvolvida, eles são mais exigentes com o alimento ofertado. Há uma preocupação com o produto brasileiro e estão associando a nossa carne à imagem de um produto de baixa qualidade, de segunda linha – essa pode ser a consequência mais negativa de todos os problemas”.

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Ainda assim, Serigati declarou que não há nenhum outro país que possa substituir o Brasil na exportação da carne bovina. “A produção deles é bem menor que a nossa, não há comparação. Mas falhas como essa fazem com que todo o esforço para alcançar mercados mais sofisticados se acabem”.

“Estamos trabalhando há meses para colocar a carne in natura nesse mercado, foi um processo longo como levar uma pedra no alto de uma montanha. Em agosto conseguimos colocar a pedra no alto da montanha mas infelizmente caiu. Agora não tem o que fazer, é arregaçar as mangas. Corremos o risco de alguns mercados se fecharem, a União Europeia pode falar ‘Se os Estados Unidos não querem aceitar a carne porque vamos aceitar?'”

O ministro da Agricultura afirmou também que o momento é de dificuldade. “Esse era um canal muito importante para a manutenção dos preços aqui no Brasil. Vamos atuar firmemente essa semana, como já vínhamos fazendo para tentar reabilitar o mercado. Assim como comemoramos quando fomos liberados, lamentamos agora que fomos suspensos”.

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