Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Poder de compra dos brasileiros fica ainda menor, na contramão de países emergentes

Números de 2014 mostram que queda nos preços das mercadorias exportadas pelo país e a falta de reforma na economia reduziu renda média

Por Da Redação
4 Maio 2015, 09h44

Levantamento divulgado pelo jornal Folha de S. Paulo nesta segunda-feira mostra que o poder de compra do brasileiro encolheu 0,5 ponto porcentual no último ano em comparação com 2013. Fatores como o fim do ciclo de elevação dos preços de produtos exportados pelo Brasil e a ausência de reformas na economia contribuíram para o resultado negativo, o que coloca o país no sentido contrário ao de outros emergentes, como Taiwan, Coreia do Sul, Chile e Uruguai, que viram nos últimos anos a renda de sua população aumentar.

O estudo foi feito com base no cálculo da Paridade de Poder de Compra (PPC), que equipara a capacidade de adquirir bens da população entre diferentes países, divulgado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) em abril. A renda americana é usada como referência para as comparações. Deste modo, a renda per capita do brasileiro foi de 29,5% da do americano no ano passado. Em 2013, 2012 e 2011, o índice estava estacionado no nível de 30%.

O desenvolvimento é alcançado por um país quando a sua renda média se aproxima da de países ricos. O poder de compra dos chilenos, por exemplo, é de 42,1%, e dos uruguaios, de 37,7%, da fatia da renda média dos americanos.

A evolução do Brasil para um país de renda média ganhou força nas décadas de 1950 e 1970, na época da industrialização e urbanização. Em 1980, a renda per capita brasileira medida em PPC foi de 38% da americana. “O crescimento inicial é mais fácil. Você consegue evoluir acumulando capital. Mas, depois, o retorno sobre esse capital decresce e outras fontes são necessárias”, avaliou Filipe Campante, professor de políticas públicas da universidade de Harvard.

Economistas ouvidos pelo jornal afirmaram que, para o país retomar o ritmo de crescimento, é preciso adotar uma série de medidas na economia que valorizem o avanço nas áreas de tecnologia e capital humano. “Nesses quesitos, o Brasil e parte da América Latina pararam no tempo”, disse Otaviano Canuto, consultor do Banco Mundial.

Continua após a publicidade

Leia também:

PIB per capita terá primeira queda em 6 anos

(Da redação)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.