Petroleira da Venezuela pode estar próxima de calote bilionário
PDVSA informou que pode não ter dinheiro para honrar compromissos que somam 5,3 bilhões de dólares
A petrolífera estatal venezuelana PDVSA sinalizou nesta segunda-feira que pode vir a dar calote caso não consiga renegociar parte de suas dívidas. A avaliação foi feita em um comunicado divulgado no site da empresa, na qual informava a extensão do prazo para negociação antecipada de títulos com vencimento em 2017 – a terceira prorrogação para esses papéis. Com essa renegociação, a companhia tenta conseguir mais prazo para pagar 5,32 bilhões de dólares (16,91 bilhões de reais) em dívidas com seus credores.
A PDVSA alega que os baixos preços de petróleo afetaram a capacidade da empresa de gerar caixa, e que a renegociação é importante para melhorar sua situação no curto prazo. “Se as ofertas de troca não obtiverem êxito, poderia ser mais difícil para a companhia fazer os pagamentos programados da sua dívida existente, incluindo os bônus existentes, o que faria a companhia avaliar todas as alternativas”, diz o comunicado.
A estatal tenta trocar os papéis com vencimento no próximo ano por outros com pagamento previsto para 2020. Para que o acordo entre em vigor, é necessário, entre outras condições, que os detentores de pelo menos 50% do valor desses títulos aceitem a proposta. O prazo atual é até sexta-feira desta semana. O anterior venceu na última segunda-feira.
A PDVSA fechou 2015 com uma dívida total de 43,75 bilhões de dólares (139,1 bilhões de reais), segundo o último relatório da companhia. No mesmo ano, seu faturamento foi de 72,17 bilhões de dólares (229,47 bilhões de reais)