Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Norte Energia: MP cobra sobre impacto de Belo Monte

Por Da Redação
7 dez 2011, 16h41

Por AE

São Paulo – O Ministério Público Federal (MPF) no Pará informou ter encaminhado hoje ao consórcio Norte Energia, responsável pela construção da hidrelétrica de Belo Monte, requisição de relatório sobre o cumprimento das ações de redução dos atuais e futuros impactos socioambientais causados a indígenas pela instalação da usina. Essas ações, chamadas de condicionantes, são exigências de cumprimento obrigatório para que o empreendimento possa ser realizado.

No pedido ao consórcio, o procurador da República Bruno Alexandre Gütschow dá prazo de dez dias úteis para que a resposta seja apresentada. O prazo começa a ser contado da data em que o documento for recebido. Entre as condicionantes, o MPF citou a reestruturação do atendimento à saúde indígena, demarcação e regularização de áreas, retirada de não-indígenas das terras indígenas, implementação de corredores ecológicos, melhorias nos serviços de educação.

O objetivo do procurador é verificar se os compromissos assumidos pela Norte Energia estão sendo cumpridos. De acordo com lideranças indígenas, o atendimento às condicionantes é bastante precário. O MPF diz que, em reunião realizada em 1º de dezembro, em Altamira, no Pará, indígenas criticaram o desempenho do consórcio. Além de lideranças de 29 aldeias, estavam presentes no encontro representantes da Presidência da República e da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, da Norte Energia, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), da Defensoria Pública do Estado e da Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos, entre outras instituições.

Continua após a publicidade

Segundo o Ministério Público, além do não cumprimento das condicionantes, representantes indígenas reclamaram da posição do governo federal de defender que foram realizadas consultas prévias (oitivas) aos índios sobre a instalação da obra. Em novembro, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Brasília, considerou que os indígenas não têm direito às oitivas. O MPF afirmou que deve recorrer ao Supremo Tribunal Federal contra a decisão.

Ainda conforme o MPF, no encontro da semana passada, também ficou determinado que em 25 de janeiro haverá uma nova reunião em Altamira para criação do comitê gestor do plano básico ambiental indígena. O documento deve descrever detalhadamente ações que permitam aos povos indígenas garantir um desenvolvimento autossustentável.

Segundo oprocurador da República Bruno Alexandre Gütschow, houve falha do governo e da Norte Energia ao darem a aprovação final ao plano sem o conhecimento das lideranças indígenas. Por isso, na reunião de janeiro os índios poderão apresentar sugestões de correção do texto do plano.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.