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Meta de inflação para 2014 é fixada em 4,5%

Variação do IPCA tolerada pelo governo federal será, uma vez mais, de dois pontos porcentuais para cima ou para baixo

Por Da Redação
28 jun 2012, 14h43

Valor central da meta e banda de oscilação são idênticos aos definidos para este ano e para o próximo

O Conselho Monetário Nacional (CMN) anunciou nesta quinta-feira que o centro da meta de inflação para 2014 será de 4,5%, com uma variação de dois pontos porcentuais para baixo ou para cima.

O valor central da meta e a banda de oscilação são idênticos aos definidos para este ano e para o próximo. O CMN é formado pelos ministros da Fazenda e do Planejamento, além do presidente do Banco Central.

Desde 2006, aliás, a inflação medida pelo IPCA – índice oficial acompanhado pelo governo – precisa fechar dentro da banda de 2,5% e 6,5% ao ano, tendo 4,5% como meta principal. Ao longo de todo este período, a equipe econômica tem sido bem-sucedida em controlar a alta dos preços, cumprindo as metas. No final do ano passado, contudo, por pouco o governo federal não falha em sua tarefa. O IPCA fechou 2011 em 6,5% – no “teto da meta”, portanto.

Fazenda – “A meta de inflação já vem fixada há mais anos. É a meta mais factível para a economia brasileira”, afirmou o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland. “É compromisso do governo federal manter a inflação sob controle, dentro do anunciado pelo CMN, e procurar reduzir continuadamente a variabilidade dessa taxa, e isso vem acontecendo”, acrescentou.

O governo preferiu não mexer na meta de inflação de 2014 por causa da crise internacional aguda, apesar de haver avaliações dentro da equipe econômica de que o objetivo oficial do país é elevado, ainda mais se comparado com outras economias. O secretário afirmou que o cenário de incertezas vem se prolongando, diferentemente do que ocorreu na crise de 2008. “Nesse momento, o processo de incerteza vem se apresentando com o prolongamento das dificuldades das economias, de forma lenta e gradual”, disse. O Brasil, por outro lado, tem apresentado capacidade de redução da inflação de forma acelerada, reiterou.

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Holland afirmou que, aliado a isso, a taxa de juros tem caído e melhorado as condições de financiamento, ao passo que as taxas de câmbio estão mais competitivas. “Isso nos faz acreditar que teremos taxas de crescimento vigorosas nos próximos meses”, afirmou.

Otimismo – Segundo ele, foi devido à perspectiva de recuperação vigorosa da economia brasileira e à incerteza internacional que o Palácio do Planalto decidiu manter a meta de inflação para 2014 em 4,5%, podendo ter uma variação de dois pontos porcentuais para baixo ou para cima. Ele explicou que a expectativa de crescimento é considerada vigorosa porque será maior a cada trimestre. “Acreditamos que, a cada trimestre, o PIB será maior”, disse.

O Brasil terá um crescimento econômico neste ano maior que os 2,7% registrados em 2011, destacou Holland. Ele destacou a série de medidas que estão sendo tomadas pelo governo para estimular a atividade, como a redução dos juros, a melhoria nas condições de financiamento, a redução das taxas do BNDES e o lançamentodo PAC Equipamentos. Segundo o secretário, essas medidas levam um tempo para fazer efeito sobre a economia.

“O importante é que o governo vem tomando ações importantes para o crescimento. A economia estará rodando entre 4,5% e 5% no final do ano. Mas não temos mais uma previsão precisa para o ano”, afirmou. De acordo com Holland, o Ministério da Fazenda aguardará outros elementos macroeconômicos para fixar uma nova previsão.

Meta para crescimento – Holland garantiu, em entrevista coletiva, que a meta de inflação para 2014 não tem como motivação o estímulo à economia. “A meta de inflação não foi fixada para garantir crescimento. É a mais factível para a economia brasileira”, afirmou. Segundo ele, a meta permite absorver os choques internacionais e manter os resultados fiscais. Acrescentou que a redução da inflação no Brasil está relacionada ao cenário mundial mais benigno, como a diminuição dos preços das commodities.

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Ele afirmou que as projeções para o IPCA no Brasil estão mais relacionadas às expectativas do que aos fatos do passado. “As expectativas inflacionárias não são construídas pelo mero anunciado de meta, mas por analistas, pelo mercado, com a visão de que pressão de custo não ocorrerá mais à frente. E isto está ocorrendo”, afirmou.

O secretário acredita que os analistas vão incorporar, a cada mês, novas expectativas de redução de pressões sobre a inflação. “Choque de ofertas não está no nosso cenário próximo”, disse. Holland acrescentou que o governo não considera adequado neste momento uma meta de inflação menor. Ele destacou que muitos países com meta de inflação mais baixa estão extrapolando a meta.

Copom – Ainda nesta quinta-feira, o Banco Central divulgou o calendário das reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) para 2013 para decidir a taxa básica de juros, a Selic. Estes encontros são as oportunidades que o BC possui para definir os juros, que representam o principal instrumento de controle da inflação.

Serão oito reuniões no próximo ano, com o primeiro encontro nos dias 15 e 16 de janeiro. A seguir, as datas programadas pela instituição para as decisões sobre o juro básico da economia: 15 e 16 de janeiro; 5 e 6 de março; 16 e 17 de abril; 28 e 29 de maio; 9 e 10 de julho; 27 e 28 de agosto; 8 e 9 de outubro; e 26 e 27 de novembro.

(com Reuters e Agência Estado)

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