O risco de quebra desordenada da Grécia será o principal assunto na pauta desta terça-feira de uma reunião informal em Berlim entre a chanceler alemã, Angela Merkel, e a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde.
Merkel está especialmente preocupada com a situação da Grécia por ser um dos maiores fatores de instabilidade da zona do euro e deseja trocar opiniões com Lagarde, já que o FMI participa dos resgates gregos e é membro da ‘troika’ – tríade formada pela Comissão Europeia, o Banco Central Europeu (BCE) e o FMI que supervisiona as reformas obrigatórias a Atenas. “Queremos que a Grécia permaneça na zona do euro. No entanto, Atenas deve também cumprir com suas obrigações para com a troika”, disse Merkel.
A chanceler pediu a Atenas, com o apoio explícito de Sarkozy, que acelere suas negociações com o setor financeiro privado – que participa de forma extraordinária no segundo resgate. A chefe do governo alemão acrescentou que sem uma solução definitiva neste âmbito, que afeta principalmente entidades bancárias francesas e alemãs, não será possível o pagamento do próximo lance para a Grécia.
Lagarde irá nesta quarta-feira à França, onde deve reunir-se com Sarkozy para abordar também a situação da Grécia. Além disso, é provável que Merkel e Lagarde falem sobre a precária situação financeira da Hungria, cujos bônus para dez anos atingiram na segunda-feira juro de 9,69%.
A Hungria precisa de um empréstimo no valor entre 15 bilhões e 20 bilhões de euros do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da União Europeia (UE) para evitar uma moratória, mas a Comissão Europeia condicionou a ajuda à modificação de uma lei que limita a independência do Banco Central e que não se ajusta aos padrões comunitários.
(Com EFE)