O mercado financeiro reduziu a previsão para os juros e a inflação para o fim de 2010, segundo a pesquisa Focus, divulgada nesta segunda-feira pelo Banco Central (BC). A previsão para a Selic (a taxa básica de juros da economia) para o fim do ano recuou de 11% para 10,75% ao ano – ou seja, os economistas não acreditam que o BC volte a mexer na taxa até o final do ano. A previsão para a Selic em setembro deste ano também foi alterada, de 11% para 10,75% ao ano. Já a projeção para a taxa no fim de 2011 seguiu em 11,50% ao ano.

De acordo com a pesquisa Focus, o mercado financeiro também reduziu a previsão para a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2010. A expectativa para a alta de preços acumulada ao fim do ano caiu de 5,19% para 5,10%, ainda em um patamar acima do centro da meta de inflação para o ano, que é de 4,50%. Na mesma pesquisa, a estimativa para o IPCA em 2011 subiu de 4,80% para 4,86%. Para a inflação de curto prazo, o mercado reduziu de 0,27% para 0,19% a previsão para o IPCA de agosto. Já para a inflação de setembro, o mercado continua prevendo índice de 0,36%.

PIB – O mercado também alterou a previsão para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) em 2010, de 7,09% para 7,10%. Para 2011, a previsão para o PIB foi mantida em um crescimento de 4,50%. No mesmo levantamento, a estimativa para a produção industrial em 2010 recuou de 11,57% para 11,49%. Para o ano que vem, a projeção para o avanço da indústria seguiu em 5,00%.

Câmbio e contas externas – Os analistas mantiveram a previsão para o patamar do dólar no fim do ano. O nível da moeda americana no fim de 2010 seguiu em 1,80 real. Para o fim de 2011, a expectativa para a moeda americana permaneceu em 1,85 real. A previsão do câmbio médio no decorrer de 2010 seguiu em 1,79 real.

O mercado financeiro alterou as previsões para o déficit nas contas externas em 2010. A previsão para o déficit em conta corrente neste ano subiu de 49 bilhões de dólares para 49,91 bilhões de dólares. Para 2011, a previsão de déficit em conta corrente do balanço de pagamentos caiu de 58 bilhões de dólares para 57,90 bilhões de dólares. Já a previsão de superávit comercial em 2010 permaneceu em 15 bilhões de dólares.

Para 2011, a estimativa para o saldo da balança comercial subiu de 8,68 bilhões de dólares para 9 bilhões de dólares. Analistas também alteraram a estimativa de ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED) em 2010 de 32 bilhões de dólares para 31 bilhões de dólares. Para 2011, a estimativa para o IED caiu de 38,50 bilhões de dólares para 38,20 bilhões de dólares.

(Com Agência Estado)