RIO DE JANEIRO, 22 de novembro (Reuters) – A mancha de óleo oriunda do vazamento no Campo de Frade, operado pela Chevron, está diminuindo e continua se afastando da costa do Rio de Janeiro, informou nesta terça-feira a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Em sobrevoo realizado na segunda-feira pelo helicóptero da Marinha, com técnicos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), foi constatada a redução do vazamento, divuldou a agência em nota.
“A partir da observação visual, estima-se que ela (a mancha de óleo) esteja com 6 km de extensão e cerca 2 km2 de área. No dia 18, a mancha era de cerca de 12 km2”, afirmou a ANP.
Com base nas análises das últimas imagens submarinas captadas pelo robô, a ANP disse que a fonte primária do vazamento está controlada e que apenas um ponto com pequeno fluxo está sendo observado.
Como o vazamento ocorreu a grande profundidade, a agência explicou que o óleo leva tempo considerável para subir até a superfície e, portanto, outras manchas que aflorem não representam, necessariamente, um novo vazamento.
Na segunda-feira, a ANP emitiu dois autos de infração contra a Chevron. O primeiro, por não cumprimento do Plano de Abandono do Poço apresentado pela própria empresa à agência. O segundo, pela adulteração de informações sobre o monitoramento do fundo do mar. Os valores das multas serão definidos ao final do processo administrativo, mas podem chegar a 50 milhões de reais, cada uma.
Além da ANP, o Ibama multou na segunda-feira a empresa norte-americana em 50 milhões de reais, em virtude do vazamento ocorrido.
(Por Leila Coimbra; edição de Roberto Samora)