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Juros do cheque especial caem em fevereiro e chegam a 130% ao ano

Desde janeiro, bancos não podem praticar juros mensais maior que 8% ao mês ou 151,8% ao ano; juros do cartão subiram e passaram dos 322%

Por Diego Gimenes
Atualizado em 27 mar 2020, 15h53 - Publicado em 27 mar 2020, 15h03

A taxa do cheque especial caiu em fevereiro,  segundo dados divulgados nesta sexta-feira, 27, pelo Banco Central. Os  juros chegaram a 130% ao ano (7,2% ao mês) no mês passado, contra 140% em janeiro. Foi o segundo mês consecutivo em que a taxa caiu. Desde janeiro, está valendo a medida do BC que limita a taxa dessa modalidade de crédito.

O BC determinou que os bancos não podem cobrar taxas superiores a 8% ao mês, o equivalente a 151,8% ao ano. Por outro lado, as instituições financeiras foram autorizadas a cobrar, a partir de 1º de junho, tarifa dos correntistas com limite do cheque especial superior a 500 reais por mês. A tarifa será equivalente a 0,25% do limite que exceder 500 reais. Há bancos que anunciaram isenção dessa tarifa para os clientes.

Apesar da redução, a linha de crédito ainda é muito cara e só deve ser utilizada em emergências.

 

Cartão de crédito e empréstimos

Os juros do rotativo do cartão de crédito subiram em fevereiro, chegando a 322,6% ao ano, no mês passado, alta de 5,9 pontos percentuais em relação a janeiro. Essa taxa é a média formada com base nos dados de consumidores adimplentes e inadimplentes.

No caso do cliente adimplente, que paga pelo menos o valor mínimo da fatura do cartão em dia, a taxa chegou a 291,9% ao ano em fevereiro, aumento de 1,8 ponto percentual em relação a janeiro. No caso da taxa cobrada dos clientes que não pagaram ou atrasaram o pagamento mínimo da fatura (rotativo não regular) os juros caíram 9,5 pontos percentuais, indo para 342,4% ao ano.

O rotativo é o crédito tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cartão. O crédito rotativo dura 30 dias. Após esse prazo, as instituições financeiras parcelam a dívida. Na modalidade de parcelamento das compras pelo cartão de crédito, a taxa chegou a 186,4% ao ano em fevereiro, com aumento de 2,3 pontos percentuais.

A taxa de juros do crédito pessoal não consignado subiu para 106,6% ao ano em fevereiro, com aumento de três pontos percentuais em relação a janeiro. A taxa do crédito consignado (com desconto em folha de pagamento) subiu 0,1 ponto percentual, indo para 21,4% ao ano no mês passado.

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De acordo com o BC, a taxa média de juros para pessoa física subiu 1,1 ponto percentual em fevereiro, chegando a 46,7% ao ano. A taxa média das empresas ficou em 17% ao ano, queda de 0,6 ponto percentual.

Em fevereiro, o estoque de todos os empréstimos concedidos pelos bancos ficou em 3,491 trilhões de reais, com alta de 0,6% em relação a janeiro e de 7,5% em 12 meses. Esse saldo do crédito correspondeu a 47,6% de tudo o que o país produz – o Produto Interno Bruto (PIB) – estável em relação a janeiro.

O spread bancário, que é a diferença entre os preços de compra e venda de recursos do banco para seus clientes, teve alta de 0,6 ponto percentual, passou de 28,3 pontos em janeiro para 28,9 pontos em fevereiro. Para pessoas físicas, o spread médio no crédito livre teve alta: foi de 40,0 para 41,3 pontos porcentuais. Já para pessoa jurídica, o spread médio diminuiu: foi de 12,6 para 12,0 pontos porcentuais. Por fim, o spread médio no crédito total (livre e direcionado) teve leve alta, foi de 18,4 para 18,5 pontos porcentuais no período.

(Com Agência Brasil)

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