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JAC não conseguirá exportar carros do Brasil em 3 anos

Por Da Redação
10 Maio 2012, 14h36

Por Glauber Gonçalves

Rio – O presidente da JAC Motors no Brasil, Sergio Habib, disse nesta quinta-feira que em cerca de três anos será praticamente impossível exportar carros produzidos no Brasil, devido aos altos custos. “Quando você exporta um carro, se você comprou peças no Brasil e pagou mais por elas, o mercado lá fora não vai pagar mais caro pelo seu carro por causa disso”, afirmou o executivo, após participar de evento no Rio.

Para Habib, as medidas adotadas pelo governo para proteger a indústria nacional de automóveis das importações, como o aumento de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros fabricados no exterior e as exigências de conteúdo nacional, encarecem o produto brasileiro.

Ele acredita que mecanismos desse tipo acabam criando uma reserva de mercado para os fornecedores locais, que, por conta disso, acabariam investindo pouco em inovação e redução de custos. “Quando você obriga os fabricantes a usarem peças e componentes nacionais, a tendência é esses produtores nacionais investirem menos em inovação e redução de custos, porque estão protegidos”, argumentou o presidente da montadora chinesa no Brasil.

Financiamento

Habib ainda disse que o mercado de automóveis no Brasil parou de crescer nos quatro primeiros meses deste ano porque os bancos não estariam propensos a financiar. “O que fez com que, neste primeiro quadrimestre, o mercado parasse de crescer e caísse 3% no acumulado é o fato de os bancos não estarem fazendo financiamento sem entrada e praticamente não existe 60 meses”, disse.

Segundo ele, os bancos estão mais cautelosos, pois houve aumento da inadimplência. O executivo defendeu a redução das burocracias no processo de retomada dos veículos em caso de inadimplência, para permitir uma redução dos juros. Habib ressaltou que o que mais influencia a decisão de compra dos consumidores não são os juros, mas o valor das parcelas, que ficam mais baixas quanto maior for o prazo do financiamento.

O presidente da montadora chinesa no Brasil, que hoje vende apenas importados no País, disse que a empresa revisou o volume de vendas no País para este ano de 45 mil carros para 30 mil, ante 25 mil em 2011. Ele não vê espaço para crescimento das vendas no País até o início da operação da fábrica na Bahia, previsto para o fim de 2014.

De acordo com Habib, a revisão não foi resultado da desaceleração do mercado, mas do peso do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI) sobre produtos importados. “Com o super IPI que temos que pagar, nós perdemos competitividade. Temos menos verba em publicidade e menos mobilidade em preço”, disse.

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