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IPCA veio acima da expectativa do BC, diz Tombini

Tendência nos próximos meses, contudo, é de desaceleração da alta dos preços, afirma o presidente do Banco Central

Por Da Redação
10 Maio 2012, 16h08

Para Alexandre Tombini, é preciso ir além das políticas que objetivam a estabilidade dos preços, de modo a mirar também a estabilidade financeira

O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, afirmou nesta quinta-feira que a inflação de abril surpreendeu ao vir acima do esperado pela instituição. Nesta quarta, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) informou que o Índice de Preços ao Consumidor – Amplo (IPCA) subiu 0,64% no mês passado depois de aumentar 0,21% em março. Contudo, no acumulado em doze meses, o índice ainda é menor que o visto um ano antes. “Nos próximos três meses, a inflação mensal no Brasil será inferior à inflação mensal registrada em abril. Estamos num processo de convergência da inflação”, afirmou Tombini, durante o XIV Seminário Anual de Metas para a Inflação, no Rio de Janeiro.

Para Tombini, a política de metas permanece como o melhor arcabouço de política monetária existente no mundo, mas isso não impede que seja aperfeiçoado com as lições aprendidas na crise. O ideal, na visão do economista, é dispor de um conjunto de instrumentos para evitar as consequências negativas de choques financeiros.

A crise levantou, para ele, um debate saudável sobre a necessidade de coordenação de políticas fiscal, monetária e prudencial-regulatória. A estabilidade de preços, em sua opinião, não garante sozinha finanças saudáveis num país. Enquanto o controle da inflação visa conquistar a estabilidade de preços, as políticas macro e microprudenciais devem ter o objetivo de garantir a estabilidade financeira.

Dólar – Ao falar da moeda americana, Tombini reforçou que está havendo um movimento internacional de valorização da divisa e que isso se verifica não apenas em relação ao real. Para ele, o câmbio flutuante do Brasil é importante para amortecer possíveis prejuízos à economia doméstica causados por choques externos. “Certamente no Banco Central nós continuaremos avaliando os impactos de todos os fatores econômicos sobre a inflação, inclusive do câmbio”, afirmou.

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Insituições financeiras – Quanto aos bancos, o presidente do BC negou que esteja em estudo na instituição um projeto para reduzir os compulsórios. “O governo certamente tem todos os instrumentos e se, algum dia, precisar ajustar alguns de seus instrumentos, os senhores saberão. No momento, não há nada nesse sentido”, afirmou.

O economista confirmou, contudo, que a concessão de financiamentos está mais lenta do que o esperado e que a expectativa da instituição é que o crédito no Brasil suba 15% neste ano.

(com Reuters e Agência Estado)

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